Vinha com ciclo muito atrasado e produtividade pode decrescer cinco por cento

Confagri 21 Ago 2018

As condições climatéricas, nomeadamente o inverno seco e a primavera fria e chuvosa, têm vindo a influenciar decisivamente o decorrer da atual campanha vitícola, de acordo com as Previsões Agrícolas do Instituto Nacional de Estatística.

Adiantam os técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) que a floração e alimpa decorreram com tempo húmido, originando o surgimento de desavinho, acidente que ocorre na videira em que se verifica o abortamento de flores, ficando o cacho com poucos bagos, devido a causas fisiológicas, climatéricas ou sanitárias e bagoinha, formação de cachos com bagos pequenos, simultaneamente ou não com bagos normais, muitas vezes sem grainha e de maturação difícil. Posteriormente surgiram fortes ataques de míldio, algum no cacho, oídio e podridão cinzenta, de difícil controlo.

O INE prevê que globalmente a produtividade decresça cinco por cento face a 2017. De notar que, na maioria das regiões vitivinícolas, verificam-se graus de maturação muito distintos, sendo que em geral o ciclo da videira está atrasado entre duas a três semanas, o que conferirá às condições climatéricas de agosto e setembro um caráter determinante na quantidade e qualidade da vindima.

Em anexo: INE-Previsões agrícolas a 31 de julho 2018

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