O COI- Comité Oleícola Internacional divulgou recentemente que a produção de azeite triplicou nos últimos 60 anos, atingindo 3.262.000 toneladas na campanha de 2018/19.
A safra de 2019/20, embora ainda com dados provisórios, mostra uma produção mundial de 3.207.000 toneladas o que representa uma redução de 1,7% (55.000 toneladas) em relação à campanha anterior, um consumo de cerca de 3.234.000 toneladas (+ 5,8%) e importações e exportações de 1.156.000. e 1.205.000 toneladas, respetivamente.

Os países membros do COI produziram 3.008.500 toneladas de azeite, o que representou 93,8% do total mundial, na campanha 2019/20. A produção dos países produtores europeus alcançou as 1.924.100 toneladas, uma redução de 15% em relação à campanha anterior. Em Espanha, a produção foi de 1.125.300 toneladas (-37,1%), em Itália 366.000 toneladas (+ 110,8%), na Grécia 275.000 toneladas (+ 48,6%) e em Portugal 140.500 toneladas (+ 40,1%).

A produção dos restantes países membros do COI aumentou 32,9%, atingindo um total de 1.084.500 toneladas. A Tunísia destacou-se com 350.000 toneladas (+ 150%), seguida pela Turquia com 225.000 toneladas (+ 16,3%), Marrocos com 145.000 toneladas (-27,5%) e a Argélia com 125.500 toneladas (+ 29,4%).

O consumo nos países membros do COI atingiu as 2.204.000 toneladas, um aumento de 3,4%, enquanto nos países não membros do IOOC o consumo foi em torno de 1.030.000 toneladas, um aumento de 11,4% em relação à campanha anterior.

O INE- Instituto Nacional de Estatística divulgou no último Boletim Mensal que a colheita da azeitona continuou a decorrer ao longo de dezembro, nem sempre com um fluxo contínuo de entrega de matéria prima nos lagares, devido à precipitação ocorrida.
Na maior parte das principais regiões produtoras, e apesar de índices de floração bastante satisfatórios, o vingamento não correspondeu às expectativas, e a carga de frutos inicial foi inferior à da campanha anterior. A precipitação de outubro e novembro, próxima do final do ciclo produtivo dos olivais, ainda possibilitou uma recuperação em muitos olivais tradicionais de sequeiro, em particular no interior Norte, com o aumento do calibre da azeitona, mas, globalmente, estima-se uma redução de 25% da quantidade de azeitona produzida.

De salientar que, apesar do rendimento em azeite (funda) ser, na generalidade, menor que o alcançado no ano anterior, a qualidade do produto final situa-se dentro dos parâmetros normais (química e organoletica-mente).de 1 500 oliveiras/hectare aumentaram 350%, os olivais tradicionais de baixa densidade, com menos de 101 oliveiras/hectare, decresceram 11%.

Nesta edição do FENAZEITES Notícias continuamos a acompanhar a evolução dos preços do Azeite no mercado espanhol dada a sua influência em Portugal.

Preço (euro/Kg) de Azeite no mercado Espanhol de 20 a 26 de janeiro.