O INE divulgou recentemente que a colheita da azeitona para azeite está praticamente concluída, tendo decorrido de forma distinta nas duas principais regiões produtoras: no Alentejo, que nos últimos cinco anos produziu em média mais de 70% da produção nacional de azeitona para azeite, a carga de frutos dos olivais intensivos e super intensivos foi superior à da campanha anterior e manteve-se em bom estado sanitário até à colheita; pelo contrário, em Trás-os-Montes, responsável por 15% da produção nacional de azeitona para azeite do último quinquénio, uma percentagem significativa dos frutos não foram colhidos por terem sido derrubados pelos ventos fortes que fustigaram a região aquando da passagem das tempestades Elsa e Fabien, tendo-se verificado ainda alguns ataques de mosca da azeitona, que afetaram parte da produção. Globalmente, e tendo também em consideração a entrada em produção ou em plena produção dos novos olivais, estima-se um aumento de 30% na produção de azeitona para azeite face à campanha de 2018.
Este valor de produção estimado (943 mil toneladas de azeitona para azeite) posiciona a campanha de 2019 como a mais produtiva desde 1941 (ano a partir do qual existem registos sistemáticos). De notar que as estimativas apontam também para uma subida da funda4 na ordem dos 10%, face a 2018, o que previsivelmente conduzirá a um aumento da produção de azeite superior ao aumento da produção de azeitona.