O INE- Instituto Nacional de Estatística divulgou recentemente as previsões para a campanha 2020/21 e estima uma campanha pouco favorável para o olival.
Este organismo explicou que os olivais se encontram no estado fenológico Fruto em maturação, tendo-se iniciado em outubro a colheita nas variedades mais precoces. A precipitação deste mês foi benéfica para alguns olivais, nomeadamente os de sequeiro, mas não suficiente para contrariar o efeito do conjunto de fatores negativos que afetaram o potencial produtivo desta cultura ao longo do seu ciclo.

Apesar de índices de floração bastante aceitáveis para um ano de contrassafra, a precipitação e as elevadas temperaturas, por altura do vingamento, determinaram uma menor carga de frutos, diminuída posteriormente em resultado de prolongados períodos quentes e secos.
Estima-se uma redução de 30%, face à campanha anterior, quer na azeitona para azeite, quer na de mesa.
O INE sublinhou ainda que face à diminuição de produtividade, existem áreas significativas de olivais tradicionais que não serão colhidas (os custos de colheita superariam a valorização da produção), com implicações também nas unidades de transformação: os lagares mais pequenos ainda não abriram e os de maior dimensão têm linhas de laboração paradas.
Segundo as previsões a produtividade da azeitona para azeite situar-se-á em 1950 quilos/hectare face a 2788 quilos/hectare da campanha passada, enquanto no caso da azeitona de mesa será de 1425 quilos/hectare face aos 2028 quilos /hectare da campanha passada.