Os últimos anos pautaram-se por grandes investimentos na área da olivicultura e essa evolução foi caracterizada no último Recenseamento Agrícola, que foi publicado recentemente.
Os principais indicadores são:
A área de olival aumentou cerca de 41 mil hectares, dos quais 4/5 no Alentejo que concentra a maioria do olival nacional (52,4%).
O olival é a cultura permanente presente em maior número de explorações agrícolas (129, 8 mil) e a que ocupa maior área. Estende-se por 377 mil hectares, todos no Continente, sendo a esmagadora maioria (98,9%) destinados à produção de azeitona para azeite. O Alentejo é a principal região olivícola, com 52,4% (48,9% em 2009) da área de olivais, seguido de Trás-os-Montes com 21,7% (22,4% em 2009) e Beira Interior (13,1% que compara com 14,1% em 2009). A plantação intensiva e superintensiva, com densidades médias superiores a 300 árvores por hectare, já ocupam mais de 1/5 da superfície de olival para azeite (23,6% que compara com 9,4% em 2009). Note-se que a maioria destas áreas é explorada em regime superintensivo com 13,8% da área afeta a olivais com densidades superiores a 1 500 árvores/ hectare, sendo que se encontram maioritariamente localizados no Alentejo (95,8%).
O aumento da SAU média do olival no Alentejo resulta da associação de dois fatores; por um lado a estrutura fundiária que é baseada em explorações de grande dimensão e por outro lado, com o Alqueva, a particular apetência da região para acolher os modelos de gestão intensivos e superintensivos.

FONTE: INE
A exploração do olival varia entre duas realidades distintas, a tradicional, localizada sobretudo em regiões para as quais é difícil encontrar atividades alternativas lucrativas e economicamente sustentáveis, a par de olivais modernos, irrigados e explorados de forma intensiva. A dimensão média económica das oliviculturas reflete também esta realidade. O VPPT ( Valor de Produção Padrão Total) das explorações agrícolas especializadas em olival ronda os 169 milhões de euros (2,5% do VPPT agrícola nacional), contribuindo o Alentejo com a esmagadora maioria (82,9%). Estas explorações agrícolas apresentam em média 5,7 mil euros de VPPT, sendo que no Alentejo a dimensão económica média é o triplo da média nacional, enquanto nas outras regiões de forte tradição olivícola, Trás-os-Montes e Beira Interior, o seu valor fica abaixo da média nacional em três e cinco vezes, respetivamente.