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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS AGRÍCOLAS E DO CRÉDITO AGRÍCOLA DE PORTUGAL, CCRL

FLASH BRUXELAS Nº144 Julho 2021

 
 
 

PRIORIDADES E TEMAS DA PRESIDÊNCIA ESLOVENA DO CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA

Ocupando o lugar que pertenceu a Portugal durante o primeiro semestre, cabe agora à Eslovénia a presidência do Conselho da UE. É o último elemento do trio de presidências, Alemanha, Portugal e Eslovénia, com um programa estruturado e coordenado.

No domínio da agricultura, as prioridades até ao fim do ano incluem a implementação da nova Política Agrícola Comum (PAC), agricultura biológica e silvicultura.

Apresentando as prioridades para os próximos 6 meses, o Ministro da Agricultura da Eslovénia, Jože Podgoršek, apontou a visão de longo prazo para as áreas rurais (apresentada pela Comissão a 30.06.21), que será discutida na reunião informal dos Ministros da Agricultura da UE a 6 e 7 de Setembro.

Está também previsto um evento sobre smart villages com os eurodeputados.

A agricultura biológica foi um dos temas em debate na reunião do primeiro Conselho de Ministros desta Presidência, realizada ontem, 19 de julho, em Bruxelas.

A situação financeira dos agricultores deve ser discutida em Outubro. Nesta altura deverá ser debatida uma outra questão muito importante para este Estado-Membro, a implementação da directiva sobre as práticas comerciais desleais e a origem dos produtos, especialmente no que diz respeito ao mel.

De acordo com o programa provisório apresentado, no Conselho da Agricultura de 11 a 12 de Outubro, os ministros irão discutir a preparação dos planos estratégicos da PAC. A Comissão apresentará neste momento a Estratégia Florestal da UE e espera-se que na reunião de 15 e 16 de Novembro, os ministros possam adotar conclusões sobre esta estratégia. Neste momento, a Comissão apresentará o seu plano de emergência para garantir o abastecimento e a segurança alimentar. Por último, poderá ser debatido um relatório intercalar sobre a posição dos agricultores na cadeia alimentar.

Na reunião do Conselho de 13 e 14 de Dezembro, os ministros irão debater a proposta de revisão das indicações geográficas e fazer um balanço das discussões sobre a proposta de minimizar o risco de desflorestação e degradação florestal associados aos produtos colocados no mercado da UE.

 
 
 
 
 

PREVISÕES DE MERCADO A CURTO PRAZO

Segundo o relatório publicado pela Comissão Europeia, o andamento da campanha de vacinação COVID-19 permite a reabertura do Canal Horeca e redução das restrições às viagens na UE. O resultado previsto passa por um impacto positivo na temporada turística de Verão e no aumento do consumo geral de alimentos na UE.

No entanto, permanecem algumas incertezas em relação à capacidade de controlar a propagação da variante Delta do vírus COVID-19 e o possível impacto dessa variante nas pessoas vacinadas.

As perspetivas em alta de crescimento global e da UE estão a aumentar os preços globais das commodities, bem como os preços da energia e dos transportes.

A grande procura por parte da China também está a contribuir para o aumento dos preços de cereais (para uso em rações) e oleaginosas. Isso deve beneficiar os agricultores de culturas arvenses da UE, à medida que se estabelecem boas perspetivas de produção, mesmo que ligeiramente revistas em baixa para cereais e sementes oleaginosas. Os períodos de frio durante a Primavera tiveram um impacto limitado nessas produções e nos laticínios, enquanto atingiram severamente o sector das frutas.

Os altos preços das rações, o desafio de controlar a propagação da Gripe Aviária e o ajuste estrutural nos sectores de carne bovina e leiteira devem contribuir para uma ligeira redução da produção de aves e bovinos em 2021.

Espera-se que a procura dos EUA e da China, segundo e terceiro destinos dos produtos agroalimentares da UE, onde a situação sanitária melhorou consideravelmente, direcione as exportações da UE, especialmente em laticínios, carne de suíno, vinho e azeite.

O comércio bilateral com o Reino Unido, primeiro destino de exportação da UE, começou a recuperar, após uma queda dramática nos primeiros dois meses do ano que se seguiram ao final do período de transição do Brexit. O Reino Unido também relatou um aumento nas importações de outras origens. As exportações para outros destinos compensaram apenas parcialmente essa queda.

A situação sanitária instável no Brasil, Índia, Rússia ou África não deverá pesar negativamente sobre as perspetivas comerciais da UE no momento.

Uma fonte de preocupação e incerteza é a situação no oeste dos EUA, com 26% da região em seca excecional e outros 29% em seca extrema. É notório o efeito na produção agrícola e o impacto no risco de incêndios florestais.

 
 

 

FLASH BRUXELAS Nº144

 

 

 

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