Ontem, 27 de outubro, a Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu organizou uma audiência sobre as lições aprendidas durante a primeira onda da crise provocada pela Pandemia de COVID 19. Luc Vanoirbeek, presidente do Grupo de Trabalho Frutas e Hortícolas no Copa e Cogeca, organização da qual a CONFAGRI é membro, referiu que “se o sector hortofrutícola resistiu e se adaptou a um contexto de rápidas mudanças, isso é devido principalmente ao apoio das Organizações de Produtores, principalmente Cooperativas. Um facto que deve ser reconhecido, explicado e mais apoiado futuramente”.

Como parte da cadeia agroalimentar europeia, o sector das frutas e hortícolas fez um trabalho crítico durante a primeira onda da Pandemia de Covid 19, a cadeia de abastecimento nunca parou e as prateleiras continuaram cheias. A capacidade de reação do sector, o extraordinário esforço realizado no terreno e a sua enorme responsabilidade contribuíram para o desempenho produtivo do mercado de frutas e vegetais durante esses meses críticos.
Os produtores, bem como as Organizações de Produtores de frutas e hortícolas que estão a embalar, classificar e entregar as frutas e hortícolas aos retalhistas têm resistido e revertido as sucessivas dificuldades. Um facto que não deve ser dado como garantido.

As Organizações de Produtores de frutas e hortícolas, na sua maioria Cooperativas, reagiram implementando a prevenção de riscos, protocolos de segurança e planos de contingência em tempo recorde, para garantir a continuidade e segurança das atividades de produção e comercialização. Elas têm vindo a adaptar-se todos os dias a circunstâncias e regulamentos variáveis e incertos.
Para Luc Vanoirbeek, a lição política que deve ser aprendida com esta primeira onda é clara: “A capacidade de reação e resiliência do sector de frutas e hortícolas é amplamente baseada na sua capacidade para trabalharem em conjunto. As Organizações de Produtores de frutas e hortícolas que foram estabelecidas com o apoio da Política Agrícola Comum desempenham um papel central e devem continuar a ser a pedra angular no apoio ao sector das frutas e hortícolas na Política Agrícola Comum para o período pós-2020. É hora de apostar em políticas que estimulem e priorizem esforços para concentrar mais oferta, como as Cooperativas”.
Considerando o papel desempenhado pela Comissão Europeia durante a crise, Luc Vanoirbeek considera que a Comissão reagiu de forma rápida e bastante adequada, dando orientações para manter o mercado único aberto e tomou decisões relevantes para evitar ameaças extras relacionadas com o livre movimento de trabalhadores sazonais e bens essenciais.
Durante a primeira onda da Pandemia de Covid 19, os hábitos alimentares mudaram. A convicção dos consumidores europeus que as frutas e hortícolas são essenciais para um estilo de vida saudável levaram ao aumento da procura por este tipo de alimentos. No entanto, os custos extras que têm acumulado ao longo de toda a cadeia não foram totalmente compensados pelo maior preço recebido no mercado.

O curso de Pós-Graduação em “Economia Social – cooperativismo, mutualismo e solidariedade” é promovido, no quadro da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, pelo respetivo Centro de Estudos Cooperativos e da Economia Social (CECES/FEUC), o qual desde 1981 se ocupa do cooperativismo e que, desde os meados dos anos 90, estendeu o âmbito da sua atividade à economia social no seu todo.
Neste Centro trabalha uma equipa multidisciplinar de professores/as e investigadores/as, oriundos/as de áreas diversas, tais como, a Economia, a Gestão, o Direito e a Sociologia. Nos últimos anos, o CECES /FEUC, que há muito mantém uma ligação efetiva com diversas áreas da economia social, organizou vários Cursos Livres e promoveu Colóquios sobre a temática desta Pós-Graduação.
O objetivo desta Pós-Graduação é o estudo das várias áreas da economia social, com destaque para as que têm uma identidade historicamente mais marcada e uma importância social mais nítida, como é o caso das cooperativas, das mutualidades e das instituições particulares de solidariedade social no seu todo. A economia social não é encarada como um objeto isolado. Pelo contrário, são analisadas também algumas das problemáticas que nela se projetam com mais relevância.

Este curso funciona no 2º semestre do Ano Letivo.
Ver folheto do curso em:
https://www.confagri.pt/content/uploads/
2020/10/Folheto_PGEconSocial_2020_2021.pdf