Fonte: INE
Em 2019, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da silvicultura diminuiu em volume e valor (-6,5% e -4,2%, respetivamente), tendo o peso relativo do VAB da silvicultura na economia nacional decrescido para 0,4% (o mais baixo desde 2009).
Em termos nominais, a produção diminuiu -3,7%, tendo as evoluções dos valores da produção da cortiça (-17,4%) e dos serviços silvícolas (-4,7%) sido determinantes para esse resultado. O decréscimo da produção em volume (-5,3%) resultou de evoluções negativas da generalidade dos produtos, à exceção da madeira para energia que apresentou um aumento expressivo (+12,6%).
Em 2020, o saldo da balança comercial dos produtos de origem florestal registou um excedente de 2,3 mil M€, menor que o observado em 2019 (2,6 mil M€). Os produtos à base de cortiça constituíram o grupo com maior destaque, com um excedente comercial de 892,0 M€ em 2020. As exportações de materiais e produtos industriais de origem florestal mantiveram em 2020 (ano marcado pela pandemia COVID-19) o peso relativo de 8,6% na exportação total de bens.
Produção diminuiu 5,3% em volume e 3,7% em valor
A evolução negativa da produção em termos reais (-5,3%) resultou de decréscimos na generalidade dos bens, com especial destaque para a madeira para serrar (-6,4%), cortiça (-14,0%) e serviços silvícolas e de exploração florestal (-4,6%). Relembre-se que em 2018 se registaram acréscimos em volume excecionais na produção da generalidade dos produtos silvícolas, refletindo os efeitos imediatos dos grandes incêndios florestais de 2017. Em consequência deste volume anormal de produção em 2018, os cortes e remoções de madeira de pinheiro-bravo e os serviços silvícolas diminuíram em 2019.
Adicionalmente, no caso particular da cortiça, as condições climatéricas registadas nalgumas regiões do país em 2019 condicionaram a campanha e as quantidades extraídas.
Contrariamente a este cenário geral, a madeira para energia apresentou um aumento real expressivo (+12,6%), em resultado da atividade da indústria de pellets.
Em valor a produção diminui (-3,7%), refletindo fundamentalmente o decréscimo da cortiça (-17,4%) e dos serviços silvícolas (-4,7%). Em sentido oposto, a produção total de madeira aumentou em termos nominais (+4,1%).
Produção de madeira diminuiu 1,4% em volume e aumentou 4,1% em valor
A produção de madeira diminuiu 1,4% em volume e aumentou 4,1% em valor. A evolução da madeira para energia atenuou os efeitos do decréscimo de volume na madeira para serrar e triturar, enquanto em valor observaram-se aumentos dos diferentes tipos de madeiras.
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