A Adega Cooperativa de Monção espera obter um apoio de mais de 816 mil euros para a reestruturação da vinha, através do programa VITIS 2020.
O valor resulta de um total de 157 candidaturas apresentadas pelos seus associados e envolve uma área superior a 69 hectares.
O VITIS constitui um regime de apoio para o setor vitivinícola nacional, que visa a reestruturação e reconversão de vinhas. Os apoios concedidos compreendem uma comparticipação financeira para a instalação da vinha, melhoria das infraestruturas fundiárias.
Armando Fontainhas, presidente da Adega de Monção, realça a importância do programa VITIS, que se constitui como um dos instrumentos privilegiados de melhoria da competitividade do setor e da qualidade dos seus produtos. “Este é um apoio crucial para a melhoria da qualidade dos vinhos produzidos na região de Monção e Melgaço. O reconhecimento que os nossos vinhos têm vindo a conquistar exige padrões de cultivo e de produção de elevadíssima qualidade. Temos que ser capazes de dar uma resposta em consonância com o que o mercado espera de nós”, reconhece o dirigente.
Os resultados das candidaturas serão decididos até 30 de abril de 2020.
Principais marcos
Entre 1986 e 2004, a Adega de Monção melhorou as condições tecnológicas de receção das uvas e o processo de vinificação, a capacidade de armazenamento, estabilização e engarrafamento dos vinhos.
Em 1999 aumentou as suas instalações com a criação de um novo centro de receção de uvas e vinificação – o Pólo de Melgaço.
Entre 2004 e 2006 tiveram início as obras de criação de modernização das instalações que permitiram alargar a comercialização a nível nacional e internacional.
Em 2005 surgiu o espaço Histórico e Cultural da Adega na antiga casa do Adegueiro e silos do Bagaço, que levou à sua integração na Rota dos Vinhos Verdes, Itinerário do Minho.
Em 2007, a Revista dos vinhos galardoou-a como a “Cooperativa do Ano”, e, em 2008 no evento “Lisboa Celebra o Vinho”, o Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas distinguiu-a com o prémio Empreendedorismo e Inovação.
Em 11 de Outubro de 2008 a Adega de Monção lançou uma aguardente de Vinho Verde Alvarinho, com numeração limitada, para a comemoração do seu Quinquagésimo Aniversário.
É desde 2008 PME Líder.
Em 2017, a Adega Cooperativa de Monção implementou um sistema de produção de energia fotovoltaica para autoconsumo e um sistema solar térmico, um investimento de 160 mil euros que permitiu minimizar a pegada ecológica. Ao todo, foram instalados 307 painéis solares fotovoltaicos de 265 W cada para autoconsumo.
Recentemente, a Adega de Monção, obteve dois Ouros, uma Prata e seis menções honrosas no concurso de Vinhos Verdes Engarrafados, promovido pela Comissão dos Vinhos Verdes. No Concurso Vinhos Portugal, organizado pela ViniPortugal, foi distinguida com um Grande Ouro e com um Ouro com o vinho Deu la Deu e Deu la Deu Reserva. O “Muralhas de Monção espumante 2015 Reserva” foi premiado com uma medalha de Prata no Concurso Internacional Brut Experience 2019.
Adega de Monção
Fundada a 11 de outubro de 1958, por iniciativa de 25 viticultores, a adega encontra-se situada em plena Região Demarcada dos Vinhos Verdes, na sub-região de Monção e Melgaço, onde a casta Alvarinho é melhor representada.
Esta sub-região da Região dos Vinhos Verdes é onde o Alvarinho tem origem e onde iniciou a sua evolução, o que aconteceu mesmo antes da existência de qualquer registo escrito.
A adega agrega 1.600 cooperantes e tem uma área vinícola1.151Ha.