Fonte: expresso.pt
Consumidores e indústria com sinais contraditórios. As famílias estão mais otimistas do que os empresários.
A confiança dos consumidores aumentou nos últimos meses, contrariando a tendência descendente registada desde junho de 2018, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira. Para isso contribui o otimismo das famílias revelado pelas respostas relativamente à situação financeira dos seus agregados nos últimos 12 meses, à expectativa da situação económica do país em geral nos próximos 12 meses, à evolução futura da situação financeira do seu agregado e ainda à perspetiva de realização de compras importantes.
Já, o indicador de clima económico, que resulta do inquérito às empresas, diminuiu em setembro, “após ter estabilizado no mês anterior”, sublinha o INE. “Em setembro, os indicadores de confiança diminuíram na Indústria Transformadora, na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, tendo aumentado no Comércio”.
A queda de confiança na Indústria Transformadora refletiu “o contributo negativo do saldo das apreciações sobre a procura global e sobre a evolução de stocks, tendo as opiniões sobre as perspetivas de produção estabilizado”, esclarece o INE.
Já o indicador da Construção e Obras Públicas diminuiu por causa das perspetivas negativas quanto ao emprego, uma vez que as apreciações relativas à carteira de encomendas estabilizaram.
Também o indicador de confiança dos serviços caiu entre julho e setembro, verificando-se, segundo o INE, “no último mês (setembro) um contributo negativo de todas as componentes, opiniões e perspetivas sobre a evolução da carteira de encomendas e apreciações sobre a atividade da empresa.
Em terreno positivo está a confiança por parte do Comércio, depois de ter diminuído em agosto, subiu em setembro em resultado “do contributo positivo do saldo das perspetivas de atividade e das apreciações sobre o volume de stocks, tendo o saldo das opiniões sobre o volume de vendas contribuído negativamente”.