Portaria n.º 266/2006

Confagri 24 Mar 2006

266/2006

 

Altera a Portaria n.º 122/2003, (regulamenta o exercício das competências ou atribuições das diferentes entidades envolvidas na execução de acções de profilaxia e polícia sanitária inerentes a diversos planos de erradicação das doenças dos animais, bem como a modalidade de apoios do Estado às acções executadas pelas organizações de produtores pecuários, designadas por OPP, e ainda o pagamento pelos criadores das acções executadas pelos serviços oficiais ou por aquelas entidades).(D.R.n.º 55, I-Série-B)

Ministério da Agricultura,

do Desenvolvimento Rural e das Pescas

 

 

Portaria n.º 266/2006

 

 

 

 

A Portaria n.º 122/2003, de 5 de Fevereiro, regulamenta o exercício das competências ou atribuições das diferentes entidades envolvidas na execução de acções inerentes a diversos planos de erradicação das doenças dos animais, bem como a modalidade de apoios do Estado às acções executadas pelas organizações de produtores pecuários (OPP), fixando ainda o pagamento pelos criadores das acções executadas pelos serviços oficiais ou por aquelas entidades.

 

 

A aplicação das disposições da citada portaria revelou a necessidade de alterar os critérios  fixados para estabelecer os montantes a conceder às OPP por animal controlado sanitariamente por tabelas que reduzem as assimetrias regionais, bem como a de permitir a mobilidade dos criadores entre OPP situadas na mesma região agrária, criando condições de concorrência entre aquelas organizações.

 

 

Entende-se, assim, ser necessário atribuir uma maior responsabilidade aos criadores e às OPP na promoção da classificação sanitária dos efectivos, ficando a subvenção a conceder a ter como referência o efectivo a intervencionar de cada exploração, o que torna o processo de financiamento mais equitativo, por beneficiar aquelas que tenham melhorado o estatuto sanitário dos efectivos dos seus associados.

 

 

Assim:

 

 

Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, ao abrigo do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 39 209, de 14 de Maio de 1953, o seguinte:

 

 

1.º Os n.os 2.o, 7.º, 12.º, 17.º e 18.º da Portaria n.º 122/2003, de 5 de Fevereiro, na redacção que lhe foi dada pela Portaria n.º 357/2004, de 5 de Abril, passam a ter a seguinte redacção:

«2.º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

c) Fixação, pela autoridade sanitária veterinária nacional, do valor da subvenção anual, com base em tabelas regionais, a atribuir por animal a intervencionar das explorações que tenham

cumprido o plano sanitário anual;

d) Fixação, por despacho do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas,

do montante máximo elegível a atribuir a cada uma das OPP;

e) O montante máximo anual elegível para cada OPP a que se refere a alínea anterior pode, por despacho do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, ser sujeito

a correcção proporcional, quando na execução do seu plano sanitário anual, tenham sido  observadas alterações dos efectivos intervencionados ou alterações de escalão de subvenção, desde que não seja ultrapassado o montante máximo regional ou nacional previsto.

7.º 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 As OPP podem alargar a sua acção a criadores e a exploradores não incluídos na sua área de intervenção desde que estas se situem dentro da mesma região agrária.

4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

12.º 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 Os criadores podem associar-se a qualquer OPP, ainda que a sua exploração não esteja localizada na área de intervenção desta, desde que na mesma região agrária e após ter sido assegurado o cumprimento do plano sanitário anual requerido para a exploração.

3 (Anterior n.º 2.)

4 (Anterior n.º 3.)

17.º 1 O pagamento das subvenções referidas no número anterior depende da eficaz execução dos planos sanitários homologados e do cumprimento da legislação em vigor dependente da classificação sanitária dos efectivos e das áreas.

2 A avaliação da execução dos planos sanitários homologados é realizada considerando a taxa de realização do plano em explorações e a taxa de realização dos controlos seguintes a definir no protocolo anual assinado.

3 Em caso de não cumprimento do plano sanitário, a DGV pode determinar a redução da  subvenção atribuída em percentagem equivalente à percentagem da taxa de incumprimento.

4 A execução do plano sanitário em percentagem inferior a 75% pode, para além da redução da subvenção a que se refere o n.º 3, determinar a suspensão ou cancelamento do seu reconhecimento.

5 As penalizações a que se referem os n.os 3 e 4 não são aplicáveis quando o incumprimento do plano sanitário não seja imputável à OPP e tal seja devidamente confirmado pela respectiva DRA.

18.º 1 Para a execução das acções de profilaxia médica e sanitária efectuadas pelas OPP, nos termos da alínea b) do n.º 1 do n.º 4.º, a DGV concede uma subvenção por animal a intervencionar das explorações sujeitas a controlo sanitário anual destinada a apoiar na execução daquelas acções, limitadas a um montante máximo elegível por OPP, definido nos termos da alínea d) do n.º 2.º

2 O montante máximo a que se refere o número anterior tem em conta os seguintes critérios:

a) Espécie: bovinos ou pequenos ruminantes;

b) Estrutura de encabeçamento regional, considerando, nomeadamente, a dispersão geográfica;

c) Número de animais intervencionados no último ano relativamente ao qual existam dados oficiais disponíveis.

3 Em função dos critérios a que se refere o n.º 2, a DGV estabelece as tabelas regionais com base no efectivo médio da OPP, onde são definidas as subvenções a atribuir por animal a intervencionar das explorações sujeitas a controlo sanitário anual.»

 

 

 

2.º A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

 

 

Pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Luís Medeiros Vieira, Secretário de Estado Adjunto, da Agricultura e das Pescas, em 24 de Fevereiro de 2006.

 

 

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