A empreitada de emparcelamento agrícola de Moreira e Barroças e Taias, em Monção, num investimento de cerca de 4,2 milhões de euros, vai começar no verão para ordenar 529 hectares daquelas duas freguesias do vale do Gadanha.
De acordo com fonte da Câmara de Monção, contactada pela agência Lusa, o início dos trabalhos do empreendimento fundiário deverá ocorrer a partir do final do mês de julho, estando apenas dependente do visto do Tribunal de Contas.
Para o município liderado por António Barbosa, o projeto de ordenamento fundiário é «estruturante para o futuro do setor agrícola/vinícola no concelho, envolvendo 529 hectares de terrenos nas freguesias de Moreira e Barroças e Taias, dos quais 127 de reconversão de vinha, pertencentes a 616 proprietários, num total de 892 lotes».
A autarquia do distrito de Viana do Castelo informou que, «após o visto do Tribunal de Contas, será consignada a obra, que terá um prazo de execução de 730 dias». Na terça-feira, a Câmara de Monção assinou com a empresa que venceu o concurso público o contrato para a realização da intervenção.
«Considerando a sua dimensão, o emparcelamento agrícola nas duas freguesias do Vale do Gadanha, com lotes destinados maioritariamente à produção de vinho Alvarinho, resultará num acréscimo produtivo daquela casta nobre e singular, potenciando novos investimentos no setor e chamando novas gerações para a viticultura», refere a nota do município.
Em causa está um projeto para a reestruturação e modernização, nomeadamente da produção de vinho Alvarinho, atividade que envolve dois mil produtores, com 67 empresas e 112 marcas diferentes.
Em novembro de 2016, o Conselho de Ministros aprovou o projeto de emparcelamento das freguesias de Moreira, Barroças e Taias, em Monção, com uma área total de 529 hectares.
O documento apontava então como «principais objetivos» a concretizar com o projeto de emparcelamento a «introdução de fatores de racionalização, valorização e competitividade agrícola, tendo como objetivo a promoção do ordenamento do espaço rural, com o intuito de potencializar os recursos, com vista à valorização da agricultura no espaço rural».
Fonte: Lusa