Se não estiver a ver esta newsletter corretamente, clique aqui.
Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, CCRL

FLASH CONFAGRI Nº493 Maio 2021

 
 
 

ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO RURAL

O artigo divulgado aqui é parte integrante da última edição da Revista Espaço Rural da CONFAGRI, recentemente publicada.

Excerto do artigo:

A Revista Espaço Rural entrevistou o Secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rui Martinho, abordando, entre outros, aspetos importantes como o atual contexto de pandemia que atravessamos e o papel desempenhado pelo sector agrícola e cooperativo, as perspetivas quanto à conclusão do processo de reforma da PAC, os seus objetivos e exigências, o período de transição, bem como a aplicação conjunta nos próximos anos do Programa de Recuperação e Resiliência, do PEPAC e do Portugal 2030.

ER: Estamos a atravessar um período de pandemia e de crise económica e social em que o sector agroalimentar teve e continuará a ter um importante papel. Como avalia o desempenho do sector nesta conjuntura crítica?

No último ano, caraterizado por uma grande incerteza, o sector agroalimentar foi sujeito a um desafio ímpar. Por um lado, foi um sector que assumiu, desde o primeiro momento, a responsabilidade de não parar, de continuar a trabalhar para garantir produtos seguros e de qualidade e a alimentação dos cidadãos. Por outro lado, ficou sujeito a bruscas mudanças nos canais comerciais e no perfil da procura por parte dos consumidores, com consequentes aumentos de custos e, também, redução de margens. A pandemia COVID-19 teve, sem dúvida, um efeito inesperado, global e impactante, quer na vida quotidiana de todos os cidadãos, quer em todos os sectores de atividade económica.

Mas o sector não parou e mostrou-se resiliente. Nada faltou na mesa dos portugueses e, mesmo neste contexto difícil, em 2020, aumentámos as exportações de produtos agrícolas em 5%, face a 2019.

No total do complexo agroalimentar, aumentámos as exportações em 2,5% e diminuímos as importações em 4,8%, também face a 2019. Isto significa que os produtos portugueses são reconhecidos pelos consumidores, que lhes dão preferência. E significa ainda que a Política Agrícola Comum cumpriu o seu papel: garantiu a resiliência e a segurança dos sistemas alimentares. Mas, acima de tudo, é o resultado do trabalho de todos, sobretudo dos agricultores, que nunca cruzaram os braços, e de todos os agentes do complexo, que souberam estar à altura deste grande e inesperado desafio.

Assim, as prioridades do Ministério da Agricultura (MA) passaram, e passam, por continuar a garantir o crescimento económico do sector, designadamente através da criação de valor acrescentado e dos apoios necessários ao reforço da produção nacional, e por continuar a agilizar as condições para a recuperação da evolução positiva da balança comercial, verificada nos últimos anos. Sendo certo que, olhando para o desempenho do sector no atual contexto e tendo em conta os instrumentos ao nosso alcance, considero que podemos encarar o futuro com confiança e otimismo.

Continue a ler a entrevista aqui

Para Subscrição da Revista Espaço Rural, poderá solicitar informações para: espacorural@confagri.pt

 
 
 
 
 

MUNDO RURAL UNE-SE EM MANIFESTO “POR UMA ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE EM PORTUGAL”

Campanha de fake news gera indignação no sector agroalimentar

Organizações ligadas à Alimentação e ao Mundo Rural repudiam as inverdades sobre o agroalimentar e condenam a campanha de rumores sobre uma área de atividade que é indispensável, suporta a sustentabilidade ambiental de Portugal, alimenta os portugueses e é um dos maiores contribuintes para o equilíbrio da balança comercial do país.

Pese embora a resiliência e contributo dos sectores agrícola, pecuário e agroalimentar para manter o abastecimento de alimentos em Portugal – indispensáveis, durante os confinamentos inerentes à pandemia, superando todas as dificuldades para os colocar à mesa dos portugueses -, estes sectores têm vindo a ser alvo de campanhas difamatórias que, como tal, faltam à verdade e chegam mesmo a transmitir informação contraditória à ação das entidades fiscalizadoras nacionais.

As organizações signatárias consideram que não existem sectores sustentáveis e sectores insustentáveis, mas sim práticas comerciais sustentáveis e outras não sustentáveis. Para clarificar o debate e torná-lo adequado ao propósito de melhoria contínua e de uma abordagem menos divisionista, os sectores agrícola, pecuário e agroalimentar unem-se para dar aos cidadãos a correta informação sobre estas atividades em Portugal, contribuindo, assim, para que possam fazer uma escolha livre, informada e consciente no que respeita às suas opções alimentares.

A emissão de informações propositadamente desequilibradas e ofensivas, sem verificação dos factos, motivam estas organizações ligadas à Alimentação e ao Mundo Rural a assinar o manifesto “Por uma alimentação consciente em Portugal” no qual esclarecem as responsabilidades e contributos dos sectores em causa para o aquecimento global, a emissão de gases de efeitos de estufa (GEE), a contaminação ambiental, a saúde e bem-estar animal, o impacto na floresta e o bem-estar social.

Relativamente ao Aquecimento Global e à emissão de GEE o Manifesto esclarece que, segundo o Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030), documento do Ministério do Ambiente, a agricultura é responsável unicamente por 10% das emissões nacionais de GEE e por isso lhe atribui uma redução de apenas 11% até 2030 face a 2005. O Manifesto refere igualmente, usando dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que considerados os sectores agroflorestal e pecuário, cuja propriedade está concentrada nos mesmos agentes económicos, as emissões são inferiores a 1% e que, segundo o PNEC 2030, a agricultura em Portugal é responsável por apenas 3% do consumo energético nacional. Além disto, uma análise científica do impacto destas atividades inclui considerar o contributo das pastagens para a diminuição do risco de fogos rurais prestado pela pastorícia e atestado pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Florestais (AGIF) no Plano Nacional de Ação de combate a fogos rurais. No que respeita à contaminação ambiental, no Manifesto “Por uma Alimentação Consciente em Portugal” as entidades signatárias referem que, numa década, o país reduziu o uso de fitofármacos em 43%, sendo o Estado-Membro da UE que apresenta uma maior redução da utilização destes produtos.

No que concerne à saúde e bem-estar animal, realça-se que a carne nacional provém de animais que não utilizam promotores de crescimento, situação que seria ilegal, e que as práticas nacionais promovem o bem-estar animal.

No que respeita ao risco de desflorestação, o texto assinado pelas entidades explica que em Portugal não há desflorestação e termina referindo o contributo dos sectores para a economia nacional, para a criação de emprego e para o equilíbrio da balança comercial portuguesa. São expostos dados do INE que registam 7,5 mil milhões de euros em exportações, refere-se que em 2020 o agroalimentar foi o único sector que, em plena pandemia, conseguiu aumentar as exportações nacionais em 6,7% e revela-se que os sectores signatários criam mais de 314.000 postos de trabalho diretos, ou seja, mais de 6% do emprego do país.

Consulte aqui o Manifesto “Por uma alimentação consciente em Portugal”

 

Signatários da iniciativa:

ANEB, ANIL, ANIPLA, ANSEME, APED, APEZ, APIC, APIFVET, CAP, CIP/FIPA, CONFAFRI/FENAPECUARIA, FILPORC, FPAS, IACA, OMV, PLATAFORMA SOCIEDADE ANIMAIS

 
 

 

FLASH CONFAGRI Nº493

 

 

 

Guarde ou partilhe esta newsletter em formato preparado para impressão

 

IMPRIMIR ESTE NÚMERO

 

Confagri

CONFAGRI

TEMAS

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 2023 CONFAGRI
PDR 2020 Portugal 2020 UE
Se não deseja continuar a receber esta Newsletter, clique aqui