No Conselho de Ministros de Agricultura da União Europeia, reunido ontem, segunda-feira, era esperado alcançar uma posição comum acerca da Comunicação da Comissão Europeia sobre a Política Agrícola Comum depois de 2020.
No entanto, não foi possível, conforme explicou o presidente búlgaro, com o desacordo na convergência. Cinco países, os quais o responsável pela presidência da União Europeia não divulgou, opuseram-se ao documento de consenso porque este não reflete a convergência total dos pagamentos diretos, ou seja, que as ajudas diretas sejam iguais em todos os Estados-membros.
Embora não se tenha alcançado o acordo do Conselho é possível afirmar que houve um grande avanço, já que 23 países, à exceção dos cinco que defendiam a convergência, estavam de acordo em relação ao documento apresentado pela presidência, cujas conclusões serão remetidas à Comissão Europeia e ao Parlamento Europeu.
Outro tema em debate foi as ajudas associadas. A Alemanha, o único país da União Europeia que não as aplica, é o grande inimigo da continuidade das mesmas na futura Política Agrícola Comum (PAC).
O comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, adiantou que a proposta da Comissão estará concluída em finais de maio ou princípios de junho. O responsável voltou a relembrar que, segundo a Comunicação, a proposta mantém os dois atuais pilares, dando a flexibilidade aos Estados-membros de converterem algumas ajudas diretas em programas ambientais. Da mesma forma, Hogan insistiu no facto das ajudas diretas serem condicionadas por medidas ambientais mais ambiciosas.
CS
Fonte: Agrodigital
