Parlamentos lusófonos defendem maior cooperação entre membros da CPLP

Confagri 06 Dez 2017

Os parlamentos lusófonos defendem uma maior cooperação entre os Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a necessidade de envolver os observadores associados, o setor privado e outras organizações internacionais.

A posição consta da declaração final da VII Assembleia Parlamentar da CPLP (AP-CPLP), que decorreu na segunda e terça-feira em Lisboa, sob o lema “O reforço dos laços institucionais entre os parlamentos”.

«Os parlamentares recordaram a necessidade de aprofundar a cooperação entre os Estados-membros, pilar estratégico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), fundamental para a afirmação da identidade da organização e o reforço dos laços comunitários, culturais, sociais, económicos e políticos, aproveitando as boas práticas e as experiências de sucesso no contexto da cooperação bilateral e trabalhando de forma estruturada no quadro multilateral», lê-se no comunicado final da reunião.

Os deputados dos nove países lusófonos sublinharam ainda a necessidade de «envolver novos atores na cooperação, designadamente os observadores associados, o setor privado e outras organizações internacionais, potenciando a partilha de projetos e programas de desenvolvimento estratégico de interesse comum».

Por outro lado, apontaram a «importância decisiva da valorização e promoção da língua portuguesa como elo comum entre a comunidade dos países-membros da CPLP e fator de afirmação internacional da lusofonia».

«A AP-CPLP mandatou a sua futura presidência, que será exercida por São Tomé e Príncipe, a acompanhar, de modo especialmente atento, o compromisso estabelecido pela nova presidência da União Interparlamentar de assegurar a língua portuguesa como língua oficial de trabalho a todos os níveis dos seus órgãos e comissões», acrescenta a declaração final.

O documento não faz referência ao ensino do português na Guiné Equatorial, o mais recente membro da CPLP, que adotou a língua como oficial em 2014, comprometendo-se a difundir o seu uso entre a população.

Durante a reunião, os parlamentares acordaram preparar um regulamento para permitir a adesão dos países observadores associados à Assembleia Parlamentar. Atualmente, a CPLP tem dez observadores associados: Geórgia, Hungria, Turquia, Maurícia, Uruguai, Japão, Eslováquia, República Checa, Namíbia e Senegal.

Na sua resolução final, a Assembleia Parlamentar transmite a sua solidariedade para com «o povo português, em geral, e em particular com os familiares das vítimas da catástrofe dos incêndios que ocorreram nos meses de junho e outubro», e que causaram 110 mortos.

Fonte: Lusa

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