Produção de azeitona para azeite será das maiores “dos últimos 80 anos”

Confagri 10 Fev 2020

Fonte: publico.pt

Previsões agrícolas do INE apontam para que a campanha de 2019 atinja 907 mil toneladas de azeitona para a produção de azeite. Azeitona de mesa mantém média dos últimos cinco anos.

A produção de azeitona para azeite na campanha de 2019 deverá ultrapassar “as 900 mil toneladas”, “posicionando esta campanha como uma das mais produtivas dos últimos 80 anos”.

As afirmações constam do último boletim Previsões Agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Janeiro de 2020, com dado recolhidos até 15 de Janeiro. 

Segundo o INE, o olival português deverá gerar 907 mil toneladas de azeitona para azeite, um crescimento de 25% face à campanha de 2018 e uma subida de 42% face à média entre as campanhas de 2014 e 2018.

A confirmarem-se as previsões do INE para a campanha de 2019, elas superam a safra de 2017, que foi de 858 mil toneladas.  

As campanhas oleícolas têm início em Outubro de um ano e terminam em Setembro do ano seguinte, decorrendo a colheita, em média, nos primeiros quatro a cinco meses desse período. Os dados da campanha agora apresentados são referentes à campanha que arrancou no último trimestre de 2019.

Historicamente, a campanha oleícola altera anos de safra e contra-safra, de maior e menor colheita, o que se confirma nos números mais recentemente publicados pelo INE: a campanha de 2014 saldou-se em 438 mil toneladas, a de 2015 em 702 mil toneladas, a de 2016 em 476 mil toneladas, a de 2017 em 858 mil toneladas e a de 2018 em 725 mil toneladas.

Se compararmos, por exemplo, 2019 com 2017, o crescimento é somente de 5,71% (face aos já referidos 25% entre 2018 e 2019).

Dois factores têm, contudo, alterado as variações históricas na produção de azeitona: um mundial, que advém do impacto das alterações climáticas no extremar de anos muito bons com anos muito maus (Itália, por exemplo, sofreu um corte profundo na produção há três anos, elevando os preços a máximos); e um nacional, que advém do crescimento dos olivais intensivos e superintensivos, com crescimento exponencial da produção mas cujas consequências económicas e ambientais estão a ser contestadas nos últimos anos. 

Segundo o INE, a produção nacional deverá ainda recolher 18 mil toneladas de azeitona de mesa, o que significa um crescimento de 35% face à campanha de 2018 e de 3% face à média das campanhas entre 2014 e 2018.

O aumento global de produção, de acordo com a análise do Instituto de Estatística, deve-se essencialmente à região do Alentejo – que em 2018 já perfazia três quartos da produção nacional de azeitona para azeite – cuja produção não sofreu consequência de maior com a precipitação de Dezembro – e “não condicionou a colheita mecânica da azeitona nos olivais intensivos e superintensivos” nem “o estado sanitário dos frutos”, cuja quantidade foi tendencialmente maior do que na campanha anterior. O impacto “da entrada em produção de novos olivais” também veio ajudar ao aumento da produção.

Pelo contrário, em Trás-os-Montes, a outra principal região produtora do país (responsável por 15% da produção na campanha de 2018), o INE explica que “a ocorrência de ventos fortes e ataques intensos da mosca da azeitona provocaram a queda de uma parte considerável dos frutos” o que, antevê, “conduzirá previsivelmente a uma diminuição da produção na região”.

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