Fonte: vidarural.pt
Apesar do encerramento de muitos estabelecimentos locais, os 77 milhões de consumidores regulares de vinho dos Estados Unidos aumentaram sua frequência de consumo durante o confinamento.
Os dados são de um novo estudo, publicado na semana passada, que estudou uma amostra nacionalmente representativa de dois mil consumidores mensais de vinho durante março e abril de 2020 para entender como comportamentos mudaram em resultado das restrições causadas pelo coronavírus. As conclusões revelam que os consumidores adaptaram os seus hábitos e encontraram novas ocasiões para beber vinho, como na hora do almoço ou em conversas online com amigos.
De acordo com o estudo, o crescente volume de vinho comprado foi atenuado por uma diminuição no preço médio por garrafa em geral. No entanto, dentro do preço médio, houve variações significativas por tipo de consumidor. Os consumidores de vinho mais envolvidos, que gastam normalmente entre 15 e 20 dólares por garrafa, estão a gastar um pouco mais do que o habitual, enquanto que os que bebem menos regularmente têm gasto um pouco menos.
Além da diferença de consumo, verificou-se também um crescimento significativo nas compras online transversal a todas as faixas etárias. Porém, o perfil mais comum de quem realiza as compras online são consumidores jovens, urbanos e com maiores rendimentos.
Quanto à origem dos vinhos, a maioria dos entrevistados indicou que continuou a comprar da habitual, mas houve uma mudança notável nas preferências de compra em relação aos vinhos nacionais. Cerca de 18% dos entrevistados mencionaram comprar mais vinho da Califórnia e de outras regiões dos EUA, neste período, enquanto 20% afirmaram que estavam a comprar menos vinhos europeus, sendo que a maior quebra era liderada por França, Itália e Espanha.
A análise destes dados sugere que existe um contraste claro entre os consumidores em relação ao trabalho. Num extremo, há um grupo otimista e ativo que fez mudanças mínimas no seu estilo de vida e está menos nervoso em voltar ao local de trabalho – tende a ser um grupo mais jovem, mais rico e baseado em cidades, e compreendem cerca de 17% dos consumidores mensais de vinho. No outro extremo, 20% reagiram fortemente ao confinamento, reduziram significativamente os gastos e o consumo de vinho e estão relutantes em voltar a uma vida social ativa.