O Dia da Desertificação e Seca (2020) comemorado anualmente, a 17 de junho, este ano terá como tema central a mudança de atitudes em relação ao principal fator e degradação da terra: a produção e o consumo insustentáveis da humanidade.

À medida que as populações crescem, ganham riqueza e se urbanizam, aumenta a procura de terras para fornecer alimentação para as pessoas, para os animais e a produção de fibras para a confeção de vestuário. Entretanto, a saúde e a produtividade das terras aráveis vai diminuindo, situação agravada pelas alterações climáticas.

Para ser possível ter terras suficientemente produtivas para os 10 mil milhões de pessoas que se prevê habitarem a Terra até 2050, os estilos de vida precisam de mudar. Tendo em vista esta necessidade, o slogan deste dia em 2020 é “Food. Feed. Fibre. Produção e consumo sustentáveis” com objetivo educar a população sobre a importância e as formas de reduzir a sua pegada individual.

Os modos de produção e hábitos de consumo atuais esgotam de forma acelerada os recursos naturais. Assiste-se atualmente à degradação da terra de forma insustentável, prejudicando a sua produtividade, os ecossistemas e a biodiversidade, e as consequências são calamitosas para a humanidade. Atente-se a atual situação pandémica e a sua relação com a desertificação, degradação da terra e seca. A perda de habitat animal conduz à disseminação de doenças dos animais para os seres humanos (zoonose), sendo que a taxa de emergência ou reemergência futura de doenças zoonóticas estará intimamente ligada à evolução da relação entre os seres humanos e o ambiente, particularmente a expansão da fronteira agrícola.

Uma boa gestão da terra, associada a práticas de consumo sustentáveis conduzirão a uma alimentação mais segura, a pessoas mais saudáveis e um planeta sustentável.