Constituída em Outubro de 1985, com a finalidade essencial de contribuir para o crescimento e desenvolvimento equilibrado e eficaz do Sector Cooperativo e, em especial, da Agricultura Portuguesa, a “CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, CCRL”, é a estrutura de cúpula de praticamente todo o Universo Cooperativo Agrícola do nosso país.
A CONFAGRI teve como membros fundadores as Federações então existentes – FENALAC (Leite), FENACAM (Crédito Agrícola) e FENADEGAS (Vinho).
Vivíamos em plena época de pré-adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE), adesão que veio a acontecer em Janeiro do ano seguinte, data em que a CONFAGRI aderiu ao COGECA – Comité Geral da Cooperação Agrícola da Comunidade Europeia e abriu uma Representação Permanente em Bruxelas, que hoje mantém.
A CONFAGRI teve, nesses primeiros tempos de existência de se empenhar na sua organização, afirmação e ocupação de espaços, nomeadamente no que se refere à sua função representativa. Tarefa que, com o empenho, sabedoria e dedicação dos dirigentes da época, foi possível concretizar com sucesso.
A CONFAGRI nasceu sem sede própria, sem equipamentos e praticamente sem meios humanos, tendo na oportunidade a fundadora – FENACAM – papel fundamental pelas diversas facilidades e apoios dispensados.
Aderiram, posteriormente, em Abril de 1986 a FENAGRO (Compra e venda) e em Março de 1988 a FENAFRUTAS (Horto-frutícolas), ao mesmo tempo que a Confederação ocupava espaços nos diferentes órgãos de consulta a nível interno – Ministério da Agricultura e outros Ministérios – e junto das instâncias comunitárias. A CONFAGRI é então considerada Parceiro Social, como membro do Conselho Económico e Social em Portugal e do Comité Económico e Social em Bruxelas.
Correspondendo à sua crescente implantação, organização e representatividade, a partir de 1992, o Ministério da Agricultura inicia um processo de transferência de funções do Estado para as Confederações Agrícolas e suas associadas.
Os resultados quantitativos e qualitativos obtidos pela CONFAGRI neste processo, permitiram-lhe alcançar uma maior dimensão representativa, uma maior capacidade de intervenção técnico-política e um maior equilíbrio de gestão.
Com apoios comunitários, foi possível adquirir sede própria, reforçar a componente técnica e organizar e dinamizar a CONFAGRI para novos horizontes.
Tornou-se então sentida a necessidade de dar visibilidade à Confederação e daí a aposta em várias publicações para divulgação e informação, a que recentemente foi acrescido o Pavilhão de Exposições na Feira Nacional da Agricultura. Também a componente económica não foi esquecida, tendo sido possível participar no capital social de várias entidades, nomeadamente no Mercado Abastecedor do Porto, no CNEMA e na Rural Seguros.
Entretanto, verificou-se a adesão, em Dezembro de 1999, da UCADESA (Sanidade animal), em Outubro de 2000 da FENAZEITES (Azeite) e FENAFLORESTA (Produção florestal), aumentando assim a representatividade da Confederação.