O Copa-Cogeca apresentou pontos-chave para a votação dos eurodeputados sobre os planos da União Europeia para os biocombustíveis.
Antes da votação do Parlamento Europeia sobre a proposta da Comissão Europeia relativa à promoção das fontes de energias renováveis, o CopaCogeca instou, esta terça-feira, os eurodeputados a serem coerentes com a linha adotada pelos ministros europeus.
O presidente do grupo de trabalho “Bioenergia” do Copa-Cogeca, Dietrich Klein, afirmou que «prevê-se que pelo menos 80 por cento dos novos veículos continuem a ter um motor de combustão interna, o setor do transporte europeu depende dos combustíveis líquidos depois de 2020. Retirar em 2030 os biocombustíveis de origem agrícola certificados como sustentáveis da mistura de combustíveis líquidos seria, por conseguinte, irrealista e colocaria em questão a transição para veículos com menos ou zero emissões».
Segundo o responsável, «apenas vinha beneficiar os combustíveis fósseis, que respeitam muito menos o ambiente». A quota máxima de biocombustíveis de origem agrícola deve ser calculada ao nível da União Europeia (UE) de forma a garantir a mesma flexibilidade aos Estados-membros com o limite de 0,7 por cento do atual objetivo europeu de 27 por cento de energias renováveis.
«Por conseguinte, é crucial que os eurodeputados concordem em aumentar a quota das fontes de energias renováveis, incluindo biocombustíveis derivados de culturas agrícolas, na combinação de energias renováveis no transporte para um total de 15 por cento quando votarem o projeto de informação esta semana. Também é conveniente manter até 2030 a quota máxima de sete por cento para os biocombustíveis de origem agrícola utilizados no transporte, como acordado pelos ministros», afirmou Klein.
Por último, convém evitar os valores estimados para as emissões vinculadas com a mudança indireta da utilização da terra, assim como a contabilização múltipla para as matérias-primas de biocombustíveis avançados e a eletricidade renovável, assinalou o secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, concluindo que a votação em linha com os ministros permite obter com maior facilidade um acordo durante os trílogos entre a Comissão, o Parlamento e o Conselho.
Fonte: Copa-Cogeca