DGAV reforça nível de alerta para prevenir Peste Suína Africana na Europa

Confagri 20 Set 2018

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária determinou um aumento do nível de alerta para prevenir a introdução de Peste Suína Africana (PSA).

Na sequência da confirmação de quatro casos de PSA em javalis no Sul da Bélgica, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) publicou a Recomendação nº 1/2018, de 14 de Setembro, em anexo, dando nota de um conjunto de medidas tornadas necessárias tendo em vista mitigar o risco de introdução do vírus em Portugal.

O vírus da PSA está ativo nos países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia), na Bulgária, Polónia, Roménia, República Checa, Itália, Moldávia, Hungria, Ucrânia e Federação Russa (parte europeia) afetando tanto suínos selvagens como suínos domésticos.

Segundo a DGAV, o facto de a «Bélgica ser um território com elevada importância geoestratégica, por ser uma encruzilhada de rotas de intenso tráfego rodoviário, e também ferroviário, numa região mais central da Europa, por onde também circulam múltiplos veículos e inúmeras pessoas que podem ter como origem ou destino o território de Portugal, potencia a dispersão do vírus na Europa».

Frisa aquela Recomendação que o «vírus pode ser disperso aderente aos rodados e carroçarias dos veículos conspurcados com matéria orgânica que circulem por territórios infetados e também aderente ao vestuário das pessoas, ou através da ingestão por suínos ou javalis de restos de alimentos contaminados».

Assim, a DGAV recomenda que seja reforçado o controlo sobre quaisquer transações não seguras de suínos domésticos e selvagens (javalis), produtos germinais (sémen) e produtos deles originados, oriundos da região Norte e Leste da Europa para o território nacional.

Por outro lado, refere a autoridade sanitária que as medidas de biossegurança externas e internas das explorações de suínos portugueses devem ser reforçadas, nomeadamente a interdição de introdução de animais de origem não segura, reforço das cercas, desinfeção sistemática de todos os veículos que entrem nas explorações, cumprimento escrupuloso dos procedimentos de higiene profissional para todas as pessoas que entram nas explorações de suínos e interdição absoluta de entrada de pessoas estranhas nas suiniculturas.

Os veículos que transportam animais vivos oriundo daquela região europeia, devem ser «desinfetados com o maior rigor à entrada e à saída de estabelecimentos localizados no território nacional, abstendo-se de circular por diversas explorações com a mesma carga», frisa a DGAV.

Não frequentar explorações suínas da região Norte e Oriental da Europa

A Direção recomenda que as pessoas profissionalmente relacionadas com a suinicultura, se abstenham, em absoluto, de frequentar explorações de suínos, matadouros e estabelecimentos de transformação de carnes de suíno e sub-produtos originados em efluentes e chorumes de suiniculturas que estejam localizados na região Norte e Oriental da Europa.

Outra das recomendações passa pela desinfeção das rodas de todos os veículos de transporte de mercadorias e veículos ligeiros que transitem pelas rodovias da Bélgica e regiões limítrofes antes de entrar em território nacional (rodilúvios ou pulverizações com soluções biocidas aprovados, constantes da lista oficial da DGAV).

Não comprar produtos de origem suína naquela região

A DGVA pede ainda que todos os viajantes portugueses se inibam, em absoluto, de adquirir e transportar consigo para o território nacional produtos de origem suína da Europa do norte e do leste, como carnes frescas e carnes transformadas.

Quanto aos caçadores que participem em atos de caça nas zonas afetadas pelo vírus da PSA, «devem limpar e desinfetar escrupulosamente os equipamentos, o vestuário, calçado e eventuais veículos, salvaguardando o risco associado ao transporte de peças de caça, carne, produtos à base de carne e troféus a partir das zonas risco e ainda absterem-se em absoluto de contactar com suínos domésticos em território nacional. Também em território nacional devem ser intensificados os cuidados de biossegurança nos atos venatórios», diz a Recomendação da DGAV.

A Peste Suína Africana (PSA) é causada por um vírus que provoca uma doença muito grave nos suídeos que se expressa por um quadro clínico com exuberantes sinais hemorrágicos sendo quase sempre mortal. As espécies sensíveis são os suínos domésticos e os selvagens (javalis) de qualquer idade.

O vírus da PSA pode difundir-se facilmente por contacto direto ou indiretamente através de fomites ou outros veículos transmissores. Devido à sua gravidade, com rápida evolução da doença e à grande difusibilidade do vírus, a doença tem um elevado impacto social e económico, devido às perdas provocadas.

O vírus da PSA não representa qualquer perigo para a saúde humana. Também não existe vacina nem tratamento para esta doença.

O vírus da PSA está ativo nos países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia), na Bulgária, Polónia, Roménia, República Checa, Itália, Moldávia, Hungria, Ucrânia e Federação Russa (parte europeia) afetando tanto suínos selvagens como suínos domésticos.

Mais informação atualizada sobre a Peste Suína Africana na Europa aqui.

Fonte: Agricultura e Mar Actual

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