
Nuno Serra tece duras críticas à PAC pós-2027 proposta pela Comissão Europeia
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A proposta para a Política Agrícola Comum pós-2027 é um ataque ao setor agrícola.
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Durante a reunião da Secção de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Ambiente do Comité Económico e Social Europeu, Nuno Serra teceu duras críticas à proposta da Comissão Europeia para a PAC pós-2027, apresentada pela DG AGRI.
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Assim, para além de reafirmar que ao avançar com esta proposta, a Comissão Europeia arrisca-se a ficar na história como a Comissão Liquidatária da PAC, o nosso Secretário-Geral sublinhou ainda que:
- Um corte de 20% no orçamento da PAC, incidindo sobretudo no investimento, significa comprometer o futuro de todo o setor agroalimentar;
- Descaracterizar uma Política Comum, transformando-a num instrumento dependente do livre arbítrio de cada Estado-Membro, é abrir a porta à distorção de mercado e favorecer quem tem maior poder financeiro;
- Forçar a Agricultura a competir com a Coesão na afetação de recursos é, para além de injusto, estratégico e politicamente errado;
- Acreditar que os decisores vão trocar investimentos estruturais — como escolas, hospitais, estradas ou pavilhões desportivos — por sistemas de gestão de água ou projetos de inovação agroalimentar é, no mínimo, ingénuo.
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Mais uma vez, fica evidente o afastamento entre a bolha política de Bruxelas e a realidade vivida em cada Estado-Membro, resultando isto numa proposta profundamente negativa para o futuro da Agricultura europeia.
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