Preço à produção dos ovos nacionais sobe 23 por cento após caso do fipronil

Confagri 14 Dez 2017

O preço à produção dos ovos nacionais terá aumentado quase 23 por cento este ano, face a 2016, impulsionado pela subida das exportações após a deteção de ovos com fipronil em alguns Estados-membros.

Na sua primeira estimativa das contas económicas da agricultura relativas a 2017, o Instituto Nacional de Estatística (INE) refere que «a deteção de ovos com fipronil noutros Estados-membros favoreceu a exportação do produto nacional, o que originou uma subida do preço à produção».

«Os preços de base deverão aumentar substancialmente, mais 22,9 por cento, após uma diminuição de 14,8 por cento em 2016», antecipa, referindo que este facto, associado a um «ligeiro aumento» da produção, de 0,9 por cento, parcialmente devido ao acréscimo na produção de ovos de galinhas criados no solo, em vez de pavilhão, terá resultado num aumento do valor da produção de 24,0 por cento.

Globalmente, o INE estima ter-se registado este ano um acréscimo em valor da produção animal em Portugal de 3,2 por cento face a 2016, em resultado de um aumento dos preços de base, de mais 4,2 pontos percentuais (p.p.), uma vez que o volume registou um decréscimo de -1,0 por cento. «As produções de suínos, aves, leite e ovos foram determinantes nesta evolução nominal positiva», sustenta.

No que respeita aos bovinos, prevê-se uma «ligeira redução» em volume de -0,6 por cento, em consequência da diminuição dos abates, tendo os preços de base também diminuído «ligeiramente», 0,4 por cento, em virtude do decréscimo do subsídio ao produto, -12,2 pontos.

Já a produção de suínos deverá registar um decréscimo do volume de -7,0 por cento, com uma redução nos abates e efetivos animais. «Após a redução do número de animais observada em 2016, só agora está a ocorrer a substituição gradual dos animais reprodutores, pelo que ainda não são notórios os efeitos desta recuperação na produção. No entanto, o aumento dos preços, de mais 13,5 por cento, após uma redução de 3,4 p.p. em 2016, mais que compensou a diminuição do volume, resultando num acréscimo de 5,6 pontos em termos nominais», refere o INE.

Relativamente às aves de capoeira, o instituto diz ser «expectável um aumento do volume», na ordem dos 4,9 por cento, «para o qual contribui o aumento da produção de frango, como consequência da maior produção dos aviários de multiplicação, confirmando o crescimento da atividade avícola neste segmento». Em valor, o acréscimo ter-se-á ficado pelos 3,7 p.p., devido a uma queda do preço, de -1,1 por cento.

Quanto à produção de leite, deverá crescer «ligeiramente em volume», mais 0,5 por cento este ano, após um decréscimo de 4,1 p.p. em 2016, antecipando-se uma subida em valor, a preços de base, de 5,0 por cento.

Segundo o INE, «os efeitos da seca, relevantes no desenvolvimento das culturas forrageiras, terão tido efeitos nos custos de produção, dada a necessidade de recorrer a alternativas de alimentação mais onerosas, mas não tiveram impacto significativo no volume de produção».

Fonte: Lusa

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