Até meio milhão de moçambicanos pode ainda enfrentar insegurança alimentar no final do primeiro trimestre de 2019, segundo a previsão de analistas divulgada esta quinta-feira, antevendo uma ligeira melhoria em relação a anos anteriores.
«Os agregados familiares em crise alimentar vão diminuir, à medida que mais alimentos vão ficando disponíveis» com o período de colheitas que agora está no início, refere a Rede de Sistemas de Alerta Antecipado de Fome (FEWS Net, sigla inglesa).
A rede prevê que Moçambique precise de ajuda alimentar externa, mas que haja menos população afetada por insegurança alimentar, em comparação com a média dos últimos cinco anos.
Os dados constam da previsão de ajuda alimentar da FEWS Net para abril de 2019 e na qual Moçambique é o único país lusófono listado, encontrando-se junto aos países com menos população afetada.
A lista é encabeçada pelo Yemen, onde se prevê que venha a haver mais de 10 milhões de pessoas em insegurança alimentar, seguido pelo Sudão do Sul e Afeganistão, com mais de cinco milhões. Para estes três países antevê-se uma “situação de emergência”, nível 04, de uma escala de 01 a 05, sendo esta a mais grave.
Prevê-se que em abril de 2019 Moçambique esteja numa situação de «esforço (stress)», equivalente a nível 02 na mesma escala e que significa, em termos genéricos, que um em cada cinco agregados familiares pode vir a reduzir a alimentação para os níveis mínimos adequados, ficando ainda assim sem dinheiro para outras despesas essenciais.
A rede FEWS Net foi criada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) em 1985 para apoio à tomada de decisões na gestão de apoio humanitário.
Fonte: Diário de Notícias