Revitalização do interior aposta no setor primário e no turismo

Confagri 30 Jan 2018

A concretização do Plano de Revitalização do Pinhal Interior (PRTI) vai privilegiar os projetos nas áreas florestal, agrícola e turística, disse ontem o ministro-adjunto, Pedro Siza Vieira, rejeitando a construção de autoestradas na região.

«Os turistas que procuram a natureza não estão preocupados com as estradas», afirmou Pedro Siza Vieira aos jornalistas, durante uma reunião sobre o PRTI, em Góis, com a presença do coordenador da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, João Paulo Catarino, além de autarcas e outros responsáveis da administração pública.

O ministro salientou que o interior, designadamente os sete concelhos mais afetados pelos incêndios de 17 de junho (Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa da Serra, Penela, Góis e Sertã), é «um espaço absolutamente extraordinário para atração» das atividades turísticas.

Quanto ao setor primário, defendeu a importância de «testar algumas ideias» de investimento na agricultura familiar e na exploração florestal, recorrendo aos incentivos públicos majorados lançados pelo Governo na sequência daquela tragédia.

No entanto, Pedro Siza Vieira salientou que o Plano de Revitalização do Pinhal Interior, concebido com contributos daqueles municípios, nos distritos de Coimbra, Leiria e Castelo Branco, rejeita «a monocultura e as manchas contínuas» da mesma espécie, apostando, pelo contrário, numa floresta diversificada que possa criar emprego e atrair população.

«Este não é um território para ser atravessado por autoestradas», disse, após ser questionado sobre como serão, no âmbito do plano, melhoradas as acessibilidades nestes espaços de baixa densidade demográfica que, desde pelo menos a II Guerra Mundial, em meados do século XX, não parou de perder população devido ao isolamento, falta de emprego e investimentos públicos.

O ministro-adjunto admitiu, contudo, que os municípios e as localidades do interior necessitam de melhores ligações rodoviárias entre si. «Precisamos de atrair investimento», sublinhou, ao preconizar a necessidade de a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) passar «a vender as vantagens deste território», a fim de promover a iniciativa dos empreendedores de outros países.

Importa «acrescentar valor àquilo que é a atividades específica do setor primário» e captar projetos produtivos que beneficiem dos incentivos criados para o efeito na sequência dos fogos do último ano.

Na conferência de imprensa, no auditório da Biblioteca Municipal de Góis, a presidente da Câmara local, Maria de Lurdes Castanheira, afirmou que o PRTI constitui «uma grande oportunidade» para alterar «completamente a realidade» destes municípios montanhosos. «Está criado um caminho diferente para mudarmos a realidade do Pinhal Interior», que reúne um total de 19 municípios, acrescentou a autarca do PS.

Fonte: Lusa

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