Na próxima semana termina o prazo da consulta semipública lançada pela Comissão Europeia para conhecer a opinião dos setores sobre a modernização do Acordo de Parceria com o Chile e decorre também uma nova reunião no Paraguai para a negociação do Acordo com Mercosul.
As reuniões para a modernização do Acordo entre a União Europeia (UE) e o Chile, estabelecido há 14 anos, começaram em novembro do ano passado e seguiram numa segunda reunião na terceira semana do mês de janeiro.
Em paralelo, a Comissão lançou uma consulta, que não é pública e termina na próxima semana, dirigida exclusivamente aos setores afetados. Segundo a comissária europeia do Comércio, Cecilia Malmstrom, a negociação de um novo acordo é importante para a União Europeia porque «o Chile é o sócio comercial da UE mais antigo da América Latina e aliado chave, cujo atual acordo aumentou substancialmente os fluxos comerciais entre ambas as partes na última década e meia».
A próxima semana também assinala o início de uma nova ronda negociadora da Comissão Europeia e Mercosul, no Paraguai, depois da última, a 30 de janeiro, ter registado avanços mas sem acordo.
A Comissão reiterou em diversas ocasiões que o acordo está próximo, mas existe uma forte oposição por parte de alguns setores agroalimentares em distintos Estados-membros. Em França, por exemplo, a Federação Nacional de Sindicatos Agrícolas emitiu um comunicado com a sua posição sobre as negociações com Mercosul, no qual explicam que todas as linhas vermelhas foram trespassadas, tanto no âmbito económico, como sanitário e ambiental.
A exportação espanhola de frutas e hortícolas para o Chile em 2017 atingiu apenas duas toneladas até novembro, segundo os últimos dados oficiais da Direção Geral de Alfândegas, por um valor de 4.641 euros, evidenciando que praticamente não existe exportação espanhola de frutas e hortícolas para este país.
Em relação aos países que constituem o Mercosul, nomeadamente, Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, até novembro de 2017 situaram-se em 93.375 toneladas, por um valor de 93,1 milhões de euros, sendo o Brasil o principal destinatário com 89.113 toneladas (-6%), com um valor de 88,6 milhões de euros (-15%). As exportações para a Argentina ultrapassaram as 5.071 toneladas (+11%) e 3,5 milhões de euros (+8%) e para o Uruguai totalizaram 1.191 toneladas (-52%) e 1,06 milhões de euros (-50%), enquanto não houve exportações para o Paraguai.
CS
Fonte: Agrodigital