O número de animais abatidos na União Europeia dos 28, desde janeiro até setembro de 2017, mostra uma redução de -0,4 por cento. Todas as categorias passam por uma quebra, à exceção das novilhas e toros. A produção de carne baixou em 0,1 por cento no mesmo período, de acordo com os dados do relatório do Comité de Produtos Pecuários, reunidos em Bruxelas, em janeiro.
No que diz respeito às exportações da União Europeia (UE), os dados entre janeiro e novembro de 2017 chegam a 707.711 toneladas, o que supõe um aumento de 12 por cento em relação ao período homólogo de 2016. Entre os destinos com maior crescimento encontra-se Hong Kong, com mais 59,9 por cento e a Turquia para animais vivos, com mais 39,4 por cento. Este último destino, que é o Top-1 para a UE com 85 mil toneladas de janeiro a novembro, tem como limitação o facto de os operadores terem que negociar com a administração turca. Prevê-se uma diminuição das exportações para a Turquia devido à finalização dos contratos em vigor.
Quanto às impostações, que entre janeiro e novembro de 2017 atingiram 285.980 toneladas, registou-se uma descida de 7,6 por cento em comparação ao mesmo período de 2016. Uma situação que se deve, sobretudo, a uma redução em 18 por cento das importações do Brasil, que é o principal fornecedor do mercado comunitário. Nos primeiros 11 meses de 2017 exportou 106.257 toneladas para a UE. A quota não aproveitada pelo Brasil pode ser utilizada por outros países do Mercosul, como a Argentina e o Uruguai, mas não chega para compensar a diferença.
O grande aumento das importações em outubro deve-se à concentração de vários contingentes específicos da carne de alta qualidade, que respondem ao memorando de entendimento assinado entre a UE e os Estados Unidos da América (EUA), o que já gerou muita procura na UE.
Apenas no mês de outubro importou-se o triplo que num mês normal. O sistema de gestão destas importações é o primeiro a ser utilizado, sendo o mais simples mas também pode produzir alterações nos mercados. O balanço comercial é positivo tanto em volume como em valor, se excluirmos os animais vivos.
CS
Fonte: Agrodigital
