O secretário Regional da Agricultura e Florestas adjudicou, a 8 de maio, a aquisição de um equipamento de ponta para a realização de análises necessárias à classificação do leite cru na ilha de São Miguel, um investimento de 210 mil euros a cargo do Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas.
«É mais uma medida necessária ao setor leiteiro que a Região dá no sentido de continuar a garantir aos produtores e às indústrias, de forma rigorosa e isenta, a classificação do leite», afirmou João Ponte, acrescentando que a atualização tecnológica dos equipamentos utilizados pelo Serviço de Classificação de Leite em São Miguel (SERCLA) é fundamental para os Açores continuarem na linha da frente em termos tecnológicos.
Considerando que a classificação do leite é essencial para a determinação do preço do leite pago ao produtor, o governante realçou a importância da aquisição deste novo equipamento.
«O “MilkoScan tm 7” é um equipamento de nova geração, baseado na tecnologia de infravermelhos, cujas características permitem determinar uma panóplia de parâmetros físico-químicos, para além dos estritamente necessários à classificação do leite, pelo que habilitará o Serviço de Classificação de Leite em São Miguel (SERCLA), findo o processo de acreditação pela norma ISO 17025 que atualmente decorre, a disponibilizar um conjunto de outras análises necessárias à boa caracterização do leite e à consequente retificação de práticas nutricionais ao nível das explorações que se mostrem necessárias», salientou o secretário Regional.
Para além da determinação dos teores de matéria gorda e matéria proteica, pesquisa de água e contaminantes, este novo equipamento permitirá ainda avaliar os valores de lactose, sólidos gordos, sólidos não gordos, caseína, ureia, ácidos gordos livres, perfil de ácidos gordos livres, pH, ácido cítrico e ketosis, alguns dos quais têm muito interesse para as explorações leiteiras.
O “MilkoScan tm 7” tem capacidade para processar 200 amostras por hora. João Ponte destacou ainda o progresso registado nos últimos 10 anos em termos dos indicadores da qualidade do leite, revelando que, por exemplo, em São Miguel passou de 3,7 para 8,6 pontos, numa escala que vai até um máximo de 9 pontos. No último ano, o SERCLA efetuou análises a 154 mil amostras na ilha de São Miguel.
Fonte: Agricultura e Mar Actual