Fonte: dn.pt
António Costa anunciou o aumento do limite de combustível a adquirir para os 25 litros a partir das 10:00 desta manhã.
O Conselho de Ministros já determinou esta segunda-feira, numa reunião extraordinária por via eletrónica, o fim da situação de crise energética e a eliminação da Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA).
A informação foi dada pelo primeiro-ministro, António Costa, no final da visita às instalações do Sistema de Segurança Interna liderado pela procuradora-geral adjunta Helena Fazenda e acompanhado pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
Os consumidores podem adquirir até 25 litros de combustível, mais dez do que durante o período de greve, e que a situação de crise energética termina à meia-noite.
António Costa adiantou que “levará mais dois a três dias” até a situação criada pela greve de uma semana dos motoristas de matérias perigosas regressar à “plena normalidade”.
O chefe do Governo anunciou os novos limites de abastecimento a partir desta segunda-feira durante a visita à Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) e depois de o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) ter cancelado a greve iniciada há uma semana.
António Costa adiantou que os condicionamentos na Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA) terminam às 10.00 desta manhã.
As medidas serão aprovadas num Conselho de Ministros eletrónico a realizar esta segunda-feira, quando António Costa ainda visita o Comando Conjunto para as Operações Militares das Forças Armadas, que destacaram cerca de 120 militares (metade dos quais condutores) durante a Operação São Cristóvão – o padroeiro dos motoristas.
O primeiro-ministro realçou “o serviço extraordinário” prestado pelos militares das Forças Armadas e pelos agentes policiais das Forças de Segurança durante a semana da greve e destacou a “maturidade do país” na forma como lidou com um caso que “podia ter tido consequências muito mais graves”.
“Houve uma vitória do país” na forma como se evitou que o país parasse, respondeu António Costa quando questionado se o fim da greve correspondeu a uma vitória do Governo. O Executivo “não ganhou nem perdeu”, porque “não era parte” no conflito, sublinhou.
O importante, prosseguiu o primeiro-ministro, foi ter-se vivido “com a maior normalidade possível” durante a semana, em que “foi possível fazer cumprir os serviços mínimos” e em que a requisição civil imposta nalgumas zonas “no essencial foi respeitada”.
Não ter havido “necessidade de recorrer à violência foi outro sinal da maturidade do país, realçou António Costa, rejeitando as críticas feitas pela oposição sobre o conjunto de medidas adotadas pelo Governo.
“Depois é mais fácil” criticar, mas “sei quais foram as consequências” da greve realizada em abril e por isso foi necessário, entre outros pontos, recorrer à requisição civil para evitar problemas como os então registados, sublinhou Costa.
“Teria havido problemas se não tivesse havido decisões”, frisou ainda o primeiro-ministro, que estava acompanhado pelo ministro do Ambiente, Matos Fernandes.
Esta terça-feira, os patrões e o SNMMP liderado pelo advogado Pardal Henriques sentam-se à mesa das negociações.