Fonte: INE
Em 2018, o VAB da silvicultura diminuiu 2,1% em volume e aumentou 5,3% em valor.
Em 2019, o saldo da balança comercial dos produtos de origem florestal manteve-se em 2,6 mil milhões de euros.
Em 2018, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da Silvicultura diminuiu 2,1% em volume e aumentou 5,3% em valor, verificando-se um significativo acréscimo do Consumo Intermédio (CI), em volume e valor (10,1% e 15,7%, respetivamente). Observou-se um aumento nominal da Produção da silvicultura (8,3%), para o qual contribuíram, sobretudo, a Cortiça (+25,1%) e os Serviços silvícolas (+21,7%), que mais do que compensaram o decréscimo da produção de madeira (-3,1%), após a elevada oferta verificada no ano anterior, na sequência dos grandes incêndios florestais (de junho e outubro de 2017). O acentuado aumento do CI foi determinado fundamentalmente pela componente relativa a serviços silvícolas (nomeadamente operações de limpeza e desbaste de floresta, recolha de sobrantes e construção de caminhos corta-fogos).
Principais resultados para 2018
Um ano após a ocorrência de grandes incêndios florestais (em junho e em outubro de 2017), com grande oferta de madeira, em 2018 a atividade da silvicultura caracterizou-se por volumes inferiores de remoções de madeira para as indústrias de trituração e de fabrico de pellets e um acentuado aumento da produção e do Consumo Intermédio (CI) de Serviços silvícolas (onde se destacam, neste período, as operações de limpeza e desbaste de floresta, recolha de sobrantes ou construção de caminhos corta-fogos). A produção de Cortiça, que não foi influenciada pelos incêndios, registou um aumento significativo em 2018.
Em 2018, o VAB da silvicultura decresceu 2,1% em volume e aumentou 5,3% em valor, face ao ano anterior.
Os aumentos, real e nominal, da Produção da silvicultura em 2018 (+1,4% e +8,3%, respetivamente, face a 2017) foram determinados pelo acréscimo da produção de Cortiça (+6,0% em volume e +25,1% em valor) e de Serviços silvícolas (+12,9% e +21,7%, em termos reais e nominais, respetivamente). Estas evoluções mais do que compensaram a diminuição registada na produção de madeira (-2,6% em volume e -3,1% em valor).
Em 2018, a produção total de madeira apresentou decréscimos em volume (-2,6%) e valor (-3,1%), em relação a 2017. Porém, os vários tipos de madeira registaram comportamentos diferentes.
Em 2018, a produção de Madeira para energia (pellets, briquets e lenhas tradicionais) registou decréscimos em volume (-9,5%) e valor (-4,4%), face a 2017, em particular devido à inatividade de algumas fábricas, que sofreram graves danos ou ficaram completamente destruídas durante os incêndios de 2017.
A produção de Cortiça tem registado aumentos nominais sucessivos desde 2013, apresentando, em 2018, um acréscimo substancial face ao ano anterior (+25,1%), para o que contribuiu a variação do volume (+6,0%), mas sobretudo do preço (+18,0%).
Em 2018, e pelo segundo ano consecutivo, a Produção de Serviços silvícolas aumentou em volume (+12,9%) e em valor (+21,7%), em consequência dos incêndios florestais de 2017.
Mantendo a tendência do ano anterior, o total de ajudas pagas à atividade silvícola (Subsídios ao produto, Outros subsídios à produção e Transferências de capital) apresentou um acentuado acréscimo em 2018 (+30,9%).
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) decresceu em 2018, em relação a 2017, quer em termos reais (-9,2%), quer em termos nominais (-8,8%), sobretudo em consequência da variação negativa da FBCF em Florestação e reflorestação (de sobreiro, pinheiro manso e eucalipto).
O Rendimento empresarial líquido (REL) da silvicultura e exploração florestal aumentou em 2018 (+6,0%), situação que não se verificava desde 2015. Para esta evolução do REL contribuiu principalmente a variação nominal positiva do VAB da silvicultura e exploração florestal (+5,3%).
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