Fonte: expresso.pt/Lusa
O ministro da Agricultura sul-coreano, Kim Hyeon-soo, explicou ter sido já ativado um protocolo que inclui o abate de cerca de quatro mil porcos em três explorações agropecuárias, incluindo a que abrigava os animais afetados, perto da cidade de Paju.
O Governo da Coreia do Sul informou esta terça-feira ter detetado o primeiro surto de peste suína africana no país, numa exploração agropecuária perto da fronteira com a Coreia do Norte, onde cinco porcos morreram na sequência do vírus.
O ministro da Agricultura sul-coreano, Kim Hyeon-soo, explicou ter sido já ativado um protocolo que inclui o abate de cerca de quatro mil porcos em três explorações agropecuárias, incluindo a que abrigava os animais afetados, perto da cidade de Paju (fronteira norte).
Durante 48 horas, está interdita a deslocação de suínos para qualquer exploração do país e os matadouros devem interromper todas as operações durante o mesmo período, de acordo com a ordem emitida pelo Govero de Seul.
Em conferência de imprensa, Kim Hyeon-soo prometeu “o máximo esforço” das autoridades para evitarem a propação do vírus e adiantou que estão a ser investigadas as possíveis vias de contágio, que se acredita serem originárias da Coreia do Norte.
O surto sul-coreano ocorre quatro meses após a Coreia do Norte ter notificado a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) sobre um primeiro caso detetado perto da fronteira com a China.
A peste suína africana não é transmissível aos seres humanos, mas é fatal para porcos e javalis. A atual onda de surtos começou na Geórgia, em 2007, e espalhou-se pela Europa do leste e Rússia, antes de chegar à China, em agosto passado.
Inicialmente, Pequim indicou que a situação estava sob controlo, mas os surtos acabaram por se alastrar a todas as províncias do país.
As autoridades chinesas autorizaram, desde o final do ano passado, os matadouros portugueses Maporal, ICM Pork e Montalva a exportar para o país.
As estimativas iniciais apontavam que as exportações portuguesas para China se fixassem em 15.000 porcos por semana, movimentando, no total, 100 milhões de euros.
Visto pelos produtores portugueses como o “mais importante” acontecimento para a suinicultura nacional “nos últimos 40 anos”, a abertura do mercado chinês deverá ter efeitos inflacionários em Portugal.