O debate quinzenal com o primeiro-ministro, esta quarta-feira no parlamento, em Lisboa, vai centrar-se no próximo orçamento e fundos comunitários, mas António Costa terá também de responder sobre temas como saúde ou incêndios.
O chefe do Governo escolheu o próximo orçamento comunitário, criticado pelo executivo português, e o plano de investimentos Portugal 2030 para a discussão com os deputados. António Costa será o primeiro a falar, seguindo-se as perguntas das bancadas parlamentares – PSD, BE, CDS-PP, PCP, PEV, PAN e PS.
Independentemente de o tema inicial serem os fundos comunitários e o futuro orçamento europeu (2021-2027), pelo menos PCP e CDS-PP admitem levantar outras questões: a preparação no combate aos incêndios e a saúde. Fonte da bancada comunista disse à Lusa que esses serão dois dos assuntos que o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, levantará no debate.
Pelo CDS-PP, a presidente do partido, Assunção Cristas, deverá questionar António Costa sobre os atrasos na aplicação dos fundos europeus do Programa 2020, nomeadamente fundo de coesão e para a agricultura.
Em dois de maio, a Comissão Europeia propôs um orçamento plurianual para a União Europeia (UE) para o período 2021-2027 de 1,279 biliões de euros, equivalente a 1,11 por cento do rendimento nacional bruto da UE a 27, já sem o Reino Unido, que prevê cortes que podem atingir os sete por cento na Política de Coesão e os cinco por cento na Política Agrícola Comum (PAC).
Num debate quinzenal, ainda em maio, António Costa manifestou-se «insatisfeito» com a evolução das propostas de Bruxelas para o próximo quadro plurianual, classificando mesmo como «particularmente gravoso» para o orçamento nacional o ponto referente aos níveis de cofinanciamento por Estado-membro.
Fonte: Lusa