Fonte: jornaldenegocios.pt
Apesar da elevada inflação e a escassez de mão de obra colocarem novos desafios à realização dos investimentos e reformas previstos, a Comissão Europeia mantém que o prazo definido para a implementação do Plano de Recuperação e Resiliência é para cumprir como previsto.
A Comissão Europeia sublinhou esta quinta-feira que o prazo de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), fixado para 2026, não será alterado. A decisão de manter o prazo acontece apesar da elevada inflação e a escassez de mão de obra colocarem novos desafios à realização dos investimentos e reformas previstos.
“Essa é uma data não pode ser alterada. A questão não é se pode ou como pode ser alterada. A questão é que não pode ser”, referiu Céline Gauer, diretora-geral da “task force” Recuperação e Resiliência da SG Recover da Comissão Europeia, no eventual anual do PRR.
Céline Gauer explicou que, para alterar o prazo de execução dos PRR teria de ser aprovada por “unanimidade de todos os Estados-membros” uma nova data e seria precisa “uma ratificação dos Parlamentos nacionais”. “E todos sabemos quão dificil foi aprovar o NextGenerationEU por todos os Parlamentos nacionais e por unanimidade pelos Estados-membros”, disse.
“Voltar ao início para alterar a data para lá de 2026 não pode acontecer”, insistiu, realçando que o caminho para se chegar a acordo para a implementação do PRR até 2026 não foi fácil.
Portugal irá receber 16,6 mil milhões de euros do PRR até 2026, que serão acrescidos por um envelope extra que pode chegar aos 1,6 mil milhões depois de o país ter registado um crescimento económico em 2020 e 2021 abaixo do previsto pela Comissão Europeia.