A seguradora Crédito y Caución considera que, no pior dos cenários, o comércio mundial poderá sofrer uma contração de 2,3% em 2020.
As exportações dos Estados Unidos da América para a China terão recuado 30 por cento e as exportações da China para os Estados Unidos da América terão afrouxado nove por cento no primeiro trimestre do ano, face ao período homólogo de 2018, de acordo com a análise da Crédito y Caución, publicado esta terça-feira, 11 de junho. O documento «mostra a deterioração do comércio bilateral» entre Washington e Pequim.
O estudo da seguradora, que aponta para «uma grave escalada no sentindo de uma guerra comercial global» que poderá interromper o crescimento do comércio mundial, em 2019, provocando «uma contração de 2,3 por cento em 2020», salienta, contudo que «a conclusão de que a China é menos afetada pela guerra comercial pode ser enganosa».
Desta forma, a Crédito y Caución aponta que «uma grave escalada do protecionismo» poderá desacelerar a economia mundial. Este cenário que decorrerá da «evolução moderada» da guerra comercial entre Pequim e Washington, inclui tarifas de 25 por cento para todo o comércio bilateral entre os Estados Unidos e a China e tarifas de 25 por cento, com exceção do Canadá e do México, para automóveis e componentes.
Segundo o relatório, «o impacto deste cenário representaria uma décima no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2019 e uma desaceleração do comércio mundial até 1,3 por cento». No «pior dos cenários», o comércio mundial poderá sofrer uma contração de 2,3 por cento em 2020, segundo as conclusões destes analistas.
Fonte: jornaleconómico