O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Eumar Novacki, reuniu-se na passada sexta-feira ncom o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação de Portugal, Luís Viera, em Lisboa, e pediu ajuda para agilizar a exportação de produtos da agropecuária brasileira junto da União Europeia.
Medeiros Vieira disse que sim, vai ajudar. Mas quer facilitar as exportações para o Brasil. Os principais itens da negociação brasileira com a União Europeia (UE) são a carne bovina, rastreabilidade bovina, regionalização da carne bovina termo-processada, a ractopamina da carne suína e a reabertura do mercado da União Europeia para o pescado brasileiro.
Segundo a página de Internet do Ministério da Agricultura brasileiro, na reunião, Medeiros Vieira disse que «Portugal intercederá junto da União Europeia na tentativa de destravar o comércio, oferecendo apoio ao Brasil nas negociações com o bloco europeu».
Em contrapartida, o secretário de Estado português mostrou interesse em aumentar as exportações para o Brasil de limão, lácteos e pescados. E disse que Portugal também procura aumentar as vendas para o Brasil de queijos, vinhos, azeite, conservas e bacalhau, além de solicitar habilitação de pequenos produtores de suínos.
Novacki reclamou da atual dinâmica da UE, onde o Brasil entrega os seus pedidos diretamente aos países mas que são encaminhados para análise pela União Europeia. No sábado, Novacki, assessores do Mapa e empresários brasileiros realizaram visitas técnicas a estabelecimentos de produção de lácteos em Portugal, com a participação do ex-ministro português Jorge Coelho.
Brasil e Portugal possuem uma balança comercial equilibrada, com o comércio bilateral entre as duas economias a ascender a 320 milhões de euros. De forma mais abrangente, a intenção do Brasil é consolidar e diversificar a pauta de exportação destinada à União Europeia.
No ano passado, as exportações agroalimentares brasileiras para a União Europeia somaram 13,46 mil milhões de dólares. Os principais produtos enviados para os países europeus foram derivados de soja (34,35%), café (18,73%), carnes (12,15%), sumos (9,67%), fumados (5,95%), cereais (5,65%), frutas (4,82%) e outros (8,69%).
Em 2017, o Brasil importou 1,989 mil mihões de dólares de produtos alimentares europeus, sendo a maior parte formada por produtos industrializados.
Fonte: Agricultura e Mar Actualizado