Em Portugal, o valor da produção agrícola foi de 7,5 mil milhões de euros no ano passado, um aumento homólogo de sete por cento. A União Europeia registou a primeira subida desde 2013.
A produção agrícola na União Europeia (UE), no ano passado, registou o primeiro aumento desde 2013. Este desempenho foi impulsionado principalmente pelo setor animal, onde se verificaram valores mais elevados devido a uma subida nos preços. Portugal conseguiu registar um aumento superior à média europeia.
A área da agricultura produziu 432,6 mil milhões de euros em preços base na UE em 2017, no que é uma subida de 6,2 por cento em relação ao ano anterior, revelam os dados do gabinete de estatísticas da UE.
Já em Portugal o setor registou um aumento de sete por cento em relação a 2016, para os 7,5 mil milhões de euros, uma subida acima da média da UE. A área que viu um maior aumento em relação ao ano anterior foi a produção das colheitas, mas todas as fileiras registaram subidas. O Alentejo foi a principal região produtora, com quase três quartos da produção em 2017.
Em quase todos os Estados-membros aumentou a produção. Foi na Estónia que se verificou a maior subida, de 18,2 por cento face a 2016, ultrapassando a Irlanda e a Roménia, com um crescimento que ronda os 13 por cento.
Já no que toca ao país com a indústria que pesa mais é França que se destaca, responsável por 17 por cento do total da UE, com uma produção no valor de 72,6 mil milhões de euros. Seguem-se Alemanha e Itália, cada uma com 13 por cento da produção total. Espanha posiciona-se como a quarta maior produtora na agricultura.
Os valores da produção animal na UE aumentaram 10,3 pontos percentuais (p.p.) em 2017, ajudando a subida na produção geral. Os preços mais altos no leite, que subiram cerca de 20 p.p., nos ovos, que viram um aumento de 17 pontos, e na carne de porco fizeram com que os valores da produção animal fossem mais expressivos, indica o Eurostat.
As colheitas também beneficiaram de um aumento nos preços do trigo e espelta, tendo registado um aumento de 3,6 por cento na produção obtida na UE em relação a 2016.
Mais de metade do valor da produção foi gasto em consumo intermediário, de bens e serviços. Os custos deste consumo viram uma subida muito ligeira, o que permitiu um aumento homólogo de 12,4 por cento do valor bruto adicionado gerado pela indústria, em 2017.
Em anexo: Comunicado do Eurostat (versão em inglês)
Fonte: ECO; Eurostat