Fonte: FPAS
Quatro anos depois a Feira Nacional do Porco está de volta, nesta que é uma edição especial que assinala o quartel do maior certame ibérico dedicado à fileira da carne de porco.
Em quatro anos muito aconteceu neste setor, marcado positivamente pela afirmação da carne de portuguesa no mercado mundial, alargando as suas fronteiras exportadoras e marcado negativamente, primeiro pela pandemia que forçou ao adiamento desta 25ª edição agendada para 2020 e agora pela crise dos preços altos dos fatores de produção.
Este é de facto um dos períodos mais difíceis, se não mesmo o mais difícil que o setor atravessa e esta Feira vem, uma vez mais, evidenciar a capacidade de resiliência e de superação do setor que não desiste de si próprio. Nesse sentido, cabe aqui um profundo agradecimento e reconhecimento às empresas que confiaram na Comissão Organizadora da XXV Feira Nacional do Porco e não faltaram à chamada esgotando os espaços de exposição disponíveis.
Estou certo que esta Feira marcará um momento de viragem para o setor.
Esta edição afirma mais do que um setor, afirma uma fileira. Com lugar de destaque para o lançamento comercial da certificação em Bem-Estar Animal da FILPORC e para a campanha de promoção da carne de porco portuguesa Let’s Talk About Pork, a Feira Nacional do Porco é cada vez mais uma mostra de uma atividade inovadora, responsável, exportadora e sustentável.
Endereço aqui um agradecimento, não só em nome da Comissão Organizadora, mas de todo o setor, à Câmara Municipal do Montijo que volta a receber os suinicultores portugueses e a ser a capital da suinicultura portuguesa, voltando a investir na melhoria das condições de conforto do recinto da Feira que está cada vez mais atraente para expositores e visitantes.
Desejo que estes três dias sejam feitos de bons negócios, de profícuos contactos, de convívio, mas também – e sempre – de reflexão e definição de estratégias para setor. Atravessamos um período em que os empresários precisam de respostas urgentes a situações emergentes, mas não devemos perder de vista que a atual conjuntura se agravou por problemas estruturais do setor sobre os quais a FPAS já vem reclamando há muito tempo e que tardam em encontrar resolução.
Depois do interregno forçado dos últimos dois anos é motivo de celebração podermos voltar a organizar um certame que mostra ao país a força de uma fileira com relevância económica, cultural e social, uma fileira que no agregado entre indústria de alimentos compostos, produção, indústria de abate, transformação e atividades conexas contribui com mais de 2.000 milhões de euros anuais para o PIB português.
A fileira quer crescer com responsabilidade e os próximos três dias mostrarão ao país um setor competitivo a nível mundial, inovador e capaz de superar os inúmeros desafios que se lhe apresentam no presente e no futuro.
Termino com um agradecimento a toda a equipa da FPAS, quer diretiva, quer executiva que ao longo de quatro anos trabalhou na preparação desta Feira, apesar de todas condicionantes que obrigaram ao sucessivo adiamento.