Os produtores de banana nos Açores terão este ano um acréscimo de 30 por cento no valor da ajuda no âmbito do POSEI. O secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou esta quinta-feira, 30 de maio, em São Miguel, que será paga no final de junho a ajuda do POSEI relativa à produção de banana em 2018, cujo montante global será o maior de sempre.
«Isto acontece porque em 2018 a dotação da ajuda foi reforçada em relação a 2017 e a produção registada cresceu cerca de 20 por cento», afirmou João Ponte, adiantando que «o valor da ajuda relativo à produção de 2018 que será pago no final de junho será de 46 cêntimos, o que significa um acréscimo de 30 por cento em relação ao valor pago no ano anterior, apesar de ficar ainda aquém do valor da ajuda prevista no POSEI».
O governante, que falava à margem da visita a um produtor de banana no concelho de Vila Franca do Campo, sustentou que 2018 foi um bom ano de produção de banana, acrescentando que, só nos últimos quatro anos, o crescimento da área de cultivo deste fruto, comercializado interna e externamente, foi superior a oito por cento.
«Este ano, a produção deverá ser menor devido à seca registada na Região em 2018, com consequências no ciclo de produção do fruto, mas tem-se verificado uma subida do preço pago ao produtor e, logo, uma maior valorização da produção», frisou o Secretário Regional.
João Ponte assegurou que o Governo dos Açores vai continuar a garantir, no âmbito do POSEI, as dotações necessárias com vista à ajuda a esta produção, salientando que este ano foram já introduzidas melhorias, como a repartição do pagamento da ajuda em dois semestres e novos critérios de atribuição, com o intuito de reforçar os critérios de equidade e de justiça na repartição dos apoios públicos.
O responsável revelou que a portaria em vigor, que regula a atribuição da ajuda à banana, será revista de modo a permitir que todos os produtores recebem o apoio, apesar das respetivas organizações de produtores não estarem ainda reconhecidas, pois, se assim não fosse, um conjunto de produtores ficariam penalizados.
Fonte: Agricultura e Mar Actual