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“AS 100 MAIORES COOPERATIVAS DE 2022”
Um Relatório da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social
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No âmbito da celebração do Dia Internacional das Cooperativas e no seguimento do trabalho que tem vindo a desenvolver nos últimos anos, a CASES (Cooperativa António Sérgio para a Economia Social) publicou o ranking nacional das 100 Maiores Cooperativas de 2022, considerando a informação recolhida através do Portal de Credenciação da CASES para as cooperativas sediadas em Portugal Continental e a informação solicitada aos organismos competentes das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
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Este ranking que ordena as 100 Maiores Cooperativas pelo Volume de Negócios e as 20 Maiores Cooperativas de Crédito pelo total do Ativo Líquido, é desenvolvido há já vários anos e permite confirmar que “ O Setor Cooperativo em Portugal tem mantido um perfil de estabilidade.”, como aponta Eduardo Graça, Presidente da Direção.
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Neste pequeno artigo, iremos dar particular ênfase aos dados relativos aos ramos Agrícola e de Crédito que, como iremos observar, têm tido particular relevância para o cooperativismo português, bem como para a criação de emprego e riqueza.
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Como aponta o Presidente da Direção da CASES, na nota de abertura deste estudo, “O movimento associativo, com as suas diversas facetas e modalidades, é uma realidade institucional e social que transcende o tempo e as circunstâncias de cada época- permanece, persiste, resiste e representa o sentido mais profundo das comunidades.”, o que justifica a constituição de mais de 70.000 entidades cooperativas em território nacional, os mais de 8600 empregos gerados em 2022 e um Volume de Negócios Global de 3.28 mil milhões de euros, onde se devem ainda somar os mais de 23.24 mil milhões de euros gerados pelas Cooperativas de Crédito.
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RANKING DAS 10 MAIORES COOPERATIVAS AGRÍCOLAS DE 2022
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1ª | AGROS – União das Cooperativas de Produtores de Leite Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, UCRL
2ª | Cooperativa Agrícola de Barcelos, CRL
3ª | UNICOL – Cooperativa Agrícola, CRL
4ª | LACTAÇORES – União das Cooperativas de Lacticínios dos Açores, UCRL
5ª | Cooperativa Agrícola de Vila do Conde, CRL
6ª | PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, CRL
7ª | UNILEITE – União das Cooperativas Agrícolas de Lacticínios da Ilha de S. Miguel, UCRL
8ª | Cooperativa Agrícola do Bom Pastor, CRL
9ª | Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, CRL
10ª | LACTICOOP – União de Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Mondego, UCRL
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DADOS RELEVANTES
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Dos ramos representados e analisados em estudo, o Agrícola continua a ser o mais numeroso, representando a grande maioria da lista dos 100, e o único que mostra alterações em 2022.
Estando presentes em quase todos os distritos (exceto Castelo Branco), estas cooperativas agrícolas concentram-se, particularmente, na região do Porto (12.7%).
Em termos de valores, as 100 maiores cooperativas de 2022 estão alinhadas com a evolução da Economia Nacional, tendo o comportamento económico das cooperativas listadas representado um aumento do Volume de Negócios.
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Esta rubrica continua a ser assegurada, maioritariamente, pelo Ramo Agrícola, tendo inclusivamente aumentado ligeiramente o seu contributo em relação à lista de 2021 (62,8% em 2022 vs 60,2% em 2021) – Figura 6.
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Assim, é também de realçar que as poucas cooperativas que faturaram mais de 50 milhões de euros pertencem apenas a três ramos, sendo que o Agrícola se destaca com dez dessas cooperativas, seguindo-se de quatro cooperativas de Comercialização e uma de Ensino – Figura 8.
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Dos 8.684 postos de trabalho gerados em 2022 pelas 100 maiores Cooperativas incluídas neste estudo, o ramo Agrícola é responsável por mais de metade desses mesmos postos de trabalho, apresentando um peso preponderante de 53.2% como se pode observar na Figura 9.
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No conjunto, os Resultados Líquidos das 100 Maiores Cooperativas 2022 atingiram 61.43 milhões de euros, atingindo um aumento de 29% relativamente a 2021 e tendo os Ramos Agrícolas e de Ensino assegurado cerca de 79% dos resultados da lista – Figura 12.
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RANKING DAS 10 MAIORES COOPERATIVAS DE CRÉDITO
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1ª | Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL
2ª | Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL
3ª | Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Centro Litoral, CRL
4ª | Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul, CRL
5ª | Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Algarve, CRL
6ª | Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, CRL
7ª | Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Leiria, CRL
8ª | Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Douro, CRL
9ª | Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Esposende, CRL
10ª | Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras, CRL
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DADOS RELEVANTES
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Lisboa continua a ser o distrito que origina a maioria do Total do Ativo Líquido e do emprego gerado por este grupo de cooperativas, o que se justifica em grande medida pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL, que ocupa o primeiro lugar deste ranking desde 2019.
O distrito de Leiria, por sua vez, continua a destacar-se por concentrar o maior número de Cooperativas de Crédito, seguindo-se os distritos de Faro, Braga, Lisboa, Porto e Viseu – Figura 23.
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Segundo os dados apurados, em 2022 o Ativo Líquido global das 20 maiores Cooperativas de Crédito excedeu os 24,23 mil milhões de euros, tendo diminuído 0.9% em relação ao ano de 2021.
Não obstante, estas cooperativas empregaram 2211 trabalhadores, +2.1% face aos valores do ano anterior, sendo que a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL, continua a ser a única organização listada de Grande Dimensão – Figura 27.
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Para além de ter conquistado uma Margem Financeira Global de 236.36 milhões de euros, um total superior em cerca de 36.9% relativo ao ano anterior, a Rubrica de Produto Bancário seguiu o mesmo tipo de comportamento com uma variação positiva de 2.9%, totalizada em 319.19 milhões de euros.
Em termos de Resultados Líquidos após dedução de impostos foram positivos na ordem dos 76.87 milhões de euros, demonstrando um comportamento global contrário aos anteriores dados, uma vez que apresenta uma redução relativa de -17.9%.
Ainda assim, não houve comunicação de Resultados Líquidos negativos – Figura 28.
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CONCLUSÃO
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Em Portugal o setor cooperativo representa uma grande importância social e económica, pois para além de gerar e distribuir riqueza, cria emprego, e no caso concreto do ramo agrícola mantém vivos muitos territórios e tradições.
Para a CONFAGRI, importa continuar a promover estudos que, tal como este, demonstrem o potencial incontestável que o setor primário e cooperativo têm para o crescimento sustentável do País.
Assim, aqui disponibilizamos o estudo completo para consulta, e agradecemos à Cooperativa António Sérgio para a Economia Social pelo notável trabalho desenvolvido, não apenas neste estudo, mas em todas as suas linhas de ação.
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