Os desastres naturais relacionados com o clima custaram ao mundo 650 mil milhões de dólares nos últimos três anos, e os Estados Unidos da América são os principais contribuidores para este valor, de acordo com um novo relatório do Morgan Stanley, citado pelo ”CNBC”.
Enquanto os governos e as corporações tomam medidas para reduzir os impactos das alterações climáticas, a consultora Morgan Stanley diz que as empresas precisam de se preparar para um planeta dominado pelas alterações climáticas mais frequentes e intensas, como o aumento do nível do mar, mudanças na agricultura e disseminação de doenças contagiosas.
Os 650 mil milhões de dólares é um valor somado ao longo de três anos e que totaliza pouco mais de um quarto de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, referem os analistas. O banco de investimentos adverte que a situação só pode piorar, observando que os danos associados ao aquecimento global podem somar 54 milhares de milhões de dólares até 2040, segundo um painel da Organização das Nações Unidas (ONU) composto pelos principais cientistas do clima do mundo.
Até agora, os Estados Unidos suportam grande parte dos custos. A Morgan Stanley diz que desastres relacionados com o clima, como furacões e incêndios florestais, custaram aos Estados Unidos da América (EUA) 415 mil milhões de dólares, ou seja dois terços do total global. Isso traduz-se em 0,66 por cento do PIB norte-americano.
Na semana passada, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica afirmou que 14 desastres climáticos custaram ao país 91 mil milhões de dólares em 2018, o quarto ano mais quente do planeta Terra.
A avaliação chega num momento em que os EUA estão numa encruzilhada sobre as mudanças climáticas. Foi apresentado o mais recente ”Green New Deal” pelos democratas congressistas para reformar a economia dos EUA num prazo de 10 anos.
Fonte: jornaleconómico