A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes vai avançar com a elaboração de um plano estratégico para a criação de um sistema de regadio agrícola no território do Planalto Mirandês.
«O Planalto Mirandês faz parte de um território de grande potencial agrícola e pecuário. A criação de um sistema de regadio poderá ser um contributo para o desenvolvimento económico dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso», disse à Lusa o presidente da Comunidade Intermunicipal transmontana (CIM), Artur Nunes.
Segundo o líder da Comunidade Intermunicipal, esta pretensão foi recentemente exposta ao ministro da Agricultura, numa reunião que juntou a tutela e vários autarcas do Nordeste Transmontano.
«Temos agora seis meses para elaborar o plano estratégico para definir o sistema de regadio para, depois, incluí-lo no programa comunitário 2030», especificou o também autarca de Miranda do Douro.
A ideia dos nove representantes dos munícipes que integram da CIM transmontana passa por criar uma rede integrada de regadios que junte os territórios Terra Quente, Terra Fria e Planalto Mirandês. «No território do Planalto Mirandês não existe qualquer sistema de regadio para a agricultura, pelo que é imperioso refletir sobre esta matéria», vincou.
O Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural aprovou a 3 de setembro mais 14 projetos de reabilitação de regadios em Bragança, beneficiando 900 pequenos agricultores com um investimento público de quase dois milhões de euros.
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, afirmou, então, que este pacote «fazia parte de um projeto mais amplo de valorização dos territórios e da atividade agrícola, tornando-a mais produtiva e mais competitiva, nomeadamente, através do uso mais eficiente de água».
Estes projetos, que abrangem os concelhos de Bragança, Mirandela e Vimioso, inserem-se no âmbito do Programa Nacional de regadios, que prevê um investimento global de 534 milhões de euros até 2022, na criação de mais de 49 mil hectares de regadio e na reabilitação de 41 mil hectares, que vão criar 10.500 postos de trabalho permanentes.
Fonte: Lusa