O concelho de São Brás de Alportel, em Faro, apresenta esta terça-feira um risco máximo de incêndio e outros 22 de vários distritos do continente estão em muito elevado, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Os 22 concelhos em risco muito elevado pertencem aos distritos de Faro, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Viseu e Bragança. Mais 70 concelhos apresentam um risco elevado, de acordo com informação disponível no “site” do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O IPMA prevê para os próximos dias risco de incêndio máximo, muito elevado e elevado em vários distritos do continente. O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de “reduzido” a “máximo”, sendo o “elevado” o terceiro nível mais grave.
Os cálculos para este risco são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas. Na segunda-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) emitiu um aviso à população sobre o perigo de incêndio rural, devido à manutenção de temperaturas acima do habitual para a época e «acentuado aumento da intensidade do vento».
A ANPC avisa que o cenário meteorológico «se traduz num aumento dos índices de risco de incêndio até quarta-feira, com condições favoráveis à rápida propagação de incêndios em todo o território continental», com níveis de risco elevado e muito elevado. A temperatura máxima está acima dos valores normais para a época do ano, com valores entre 25ºC e 28ºC nas regiões centro e sul e entre 20ºC e 25ºC na região norte.
Está previsto igualmente um aumento da velocidade do vento, do quadrante de leste, com rajadas até 40 km/h e rajadas até 65 km/h no litoral a norte do Cabo Mondego durante a noite e manhã de terça-feira, e no Algarve a partir do fim da tarde.
Face a estas previsões, a ANPC lembra que a queima de matos cortados e amontoados e de qualquer tipo de sobrantes de exploração está sujeita a autorização da autarquia local, devendo esta definir o acompanhamento necessário para a sua concretização, tendo em conta o risco do período e zona em causa.
A ANPC recomenda também a «adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente através da adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, na utilização do fogo em espaços rurais».
Fonte: Lusa