Controlo de resíduos de pesticida em vegetais deteta quatro infrações em 370 amostras

Confagri 05 Mar 2018

O controlo de resíduos de pesticidas em vegetais realizado em 370 amostras detetou apenas quatro infrações aos limites máximos, ou 1,08 por cento do total, em 2016, enquanto em 44 por cento não havia qualquer presença daqueles produtos.

«Foram detetadas quatro infrações aos limites máximos de resíduos (LMR) que correspondem a 1,08 por cento num total de 370» amostras, quando em 2015 era de 2,1 por cento em 680 amostras e em 2014 de 3,8 por cento em 397, refere o relatório do Controlo Nacional de Resíduos de Pesticidas em Produtos de Origem Vegetal em 2016.

O documento elaborado pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) salienta que «este nível de infração é inferior aos encontrados nos anos anteriores». «Os dados obtidos permitiram concluir que 54,3 por cento das amostras de produtos vegetais apresentavam resíduos inferiores ao LMR, 195 amostras e 44 por cento, 158 mostras, não apresentavam resíduos», segundo o relatório.

As quatro infrações foram encontradas em amostras de maçã, couve de folhas, alface e alho francês. «Foi estimado possível risco para o consumidor proveniente» da amostra de maçã, uma infração que poderá ter como causa a recente mudança do limite de clorpirifos, acrescenta o relatório.

A excedência não é sinónimo de infração porque ao resultado obtido na análise se deve associar o valor da incerteza do método, explicam os técnicos. O documento também esclarece que os limites máximos são valores seguros para o consumidor «tanto quanto os conhecimentos técnicos e científicos disponíveis no momento o permitem afirmar», sendo igualmente «o valor de resíduos mais baixo possível associado a práticas fitossanitárias autorizadas nas culturas».

«A eventual transgressão de um LMR, se bem que ilegal, e como tal punida por lei, não se traduz necessariamente em risco para o consumidor», específica a DGAV. Foram encontradas seis excedências dos limites máximos de resíduos, representando 1,67 por cento, as quais ocorreram em produtos vegetais nacionais.

A produção biológica estava também representada no conjunto de produtos analisados com 23 amostras, nas quais foram encontrados resíduos abaixo do limite máximo em quatro amostras – de banana, couve repolho, cebola e alho francês -, “constituindo infração os resíduos detetados na cebola e no alho francês”.

Várias amostras analisadas continham mais do que um composto e o relatório destaca duas amostras de morangos de produção nacional com sete pesticidas, uma de tomate nacional com igual número de pesticidas, e uma mostra de tomate vindo de Espanha com cinco compostos.

Os resultados dos controlos nacionais são transmitidos à Autoridade Europeia da Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) e resultaram do trabalho do Laboratório de Resíduos de Pesticidas do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e dos representantes das regiões da Madeira e dos Açores.

A elaboração do controlo nacional baseou-se no Programa Coordenado Plurianual da União Europeia que definiu como produtos a analisar maça, couves de repolho, alho francês, alface, pêssego, morango, grãos de centeio, tomate e vinho, branco ou tinto, num total de 130 amostras.

A Direção Regional de Agricultura da Madeira juntou pera abacate, anona, banana, batata-doce, cebola, cenoura, maracujá, sidra e sumo de cana, totalizando 179 amostras e a Direção Geral de Agricultura dos Açores, batata-doce, coentros, espinafre, hortelã, salsa, kiwi e manjericão, com 60 amostras.

Fonte: Lusa

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