O Copa-Cogeca exige uma legislação europeia que coloque um fim às práticas comerciais desleais na cadeia de fornecimento alimentar como resposta formal à avaliação de impacto inicial da Comissão Europeia.
O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, declarou que «o grande desequilíbrio de poder na cadeia de fornecimento alimentar não deixa outra opção que é aposta pela terceira hipótese e solicitar a adoção de uma legislação que melhore a posição dos agricultores e acabe com as práticas comerciais desleais».
Pesonen afirma ser inaceitável que, por exemplo, «um agricultor apenas obtenha 20 por cento do preço de um bife quando é ele que realiza a maior parte do trabalho de produção», salientando ainda que a iniciativa voluntaria para a cadeia de abastecimento, criada pela distribuição e a transformação «não funciona».
Também deve haver uma maior transparência no mercado. A este respeito, a hipótese preferida é a número dois, tendo em conta que com uma melhor informação todos os operadores da cadeia de fornecimento poderão tomar decisões mais fundamentadas, da mesma forma que são necessárias derrogações ao direito da concorrência, graças ao qual as cooperativas agrícolas e outros tipos de organizações de produtores poderiam alcançar uma maior dimensão.
O Copa e a Cogeca aplaudem também a publicação de uma consulta pública da Comissão Europeia sobre como conseguir uma cadeia de fornecimento alimentar mais justa na União Europeia, para a qual têm vindo a preparar a sua contribuição. «Esperamos que se inclua nas propostas da Comissão a publicar na Primavera de 2018, para que os agricultores recebam um preço justo pelo seu trabalho», conclui Pekka Pesonen.
Mais informações sobre a análise de impacto disponíveis aqui
Fonte: Copa-Cogeca