Copa-Cogeca: Superfície de cereais estável mas preços baixos e custos elevados afetam produtores

Confagri 01 Mar 2018

»Pelo sexto ano consecutivo, a oferta supera por muito a procura, provocando uma descida dos preços de mercado abaixo dos custos de produção, pelo que se deve reduzir os custos e suprimir os direitos de importação para os fertilizantes»

As primeiras estimativas do Copa-Cogeca para os cereais e oleaginosas na União Europeia mostram que a superfície de cereais mantém-se estável, mas os produtores vêm-se afetados pelas condições climatéricas extremas, os preços baixos de mercado e os elevados custos de produção, o que cria incerteza em torno dos resultados definitivos.

O presidente do grupo dos “Cereais”, Max Schulman, afirmou que para 2018 prevê-se uma superfície de cereais de menos 1,4 por cento em relação ao nível do ano passado, com um total de 54,9 milhões de hectares (ha) e uma queda da produção de dois por cento. No entanto, estes valores podem variar de forma significativa, tendo em conta que todos os produtores da Europa são afetados por condições meteorológicas adversas, desde secas extremas em Portugal e Espanha até inundações no norte da Europa.

Pelo sexto ano consecutivo, a oferta supera por muito a procura, provocando uma descida dos preços de mercado abaixo dos custos de produção, pelo que se deve reduzir os custos e suprimir os direitos de importação para os fertilizantes, disse Schulman.

O vice-presidente do grupo de trabalho “Oleaginosas” do Copa-Cogeca, Mike Hambly, afirmou que este ano a superfície de oleaginosas na União Europeia dos 28 (UE-28) permanece muito estável, com uma descida de 0,2 por cento e um total de 11,78 milhões de ha, mas com preços baixos, também devido à elevada oferta a nível global e às grandes existências. Hambly instou a Comissão a tomar medidas o mais breve possível e registar as importações de biodiesel provenientes da Argentina, para além da aplicação de um direito compensatório sobre as mesmas.

«A superfície de proteaginosas mostra-se igualmente estável com 1,1 milhões de ha, assinalando uma descida de 0,4 por cento, com cortes em alguns países, em vista da proibição de produtos fitossanitários em superfícies de interesse ecológico (SIE)», frisou o responsável.

Tendo em conta o défice na oferta de proteaginosas da UE, Hambly apoia a iniciativa da Comissão Europeia de apresentar, para finais do ano, uma informação sobre a estratégia da UE para as proteaginosas, que manifesta os seus inegáveis benefícios ambientais em termos de redução da emissões de gases com efeito de estufa, de benefícios para biodiversidade e de melhoria da qualidade do solo.

Fonte: Copa-Cogeca

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