A Assembleia da República debate esta segunda-feira a “estratégia e gestão integrada de fogos rurais”, tema escolhido pelo primeiro-ministro para o debate quinzenal.
Na quinta-feira, o Observatório Técnico Independente criado pelo parlamento para acompanhar os incêndios florestais divulgou um relatório, no qual se considera positivo o resultado obtido em 2018, mas, ao mesmo tempo, adverte-se que se «está longe de constituir uma segurança para os anos seguintes», existindo aspetos que devem ser melhorados, como o planeamento.
«É facto que as estatísticas dos incêndios do ano de 2018, sem vítimas mortais, com menor número de ocorrências e pequena área ardida, em termos comparativos com as anteriores, foi positivo, mas tal facto está longe de constituir uma segurança para os anos seguintes. Pelo contrário, esta é uma excelente oportunidade para visitar a prática do sistema e propor as melhorias necessárias», defende o Observatório Técnico Independente (OTI) num relatório que avalia o fogo de Monchique, no Algarve, o maior de 2018.
Nesse mesmo documento, já entregue na Assembleia da República, entre outras medidas, os peritos do OTI propõem que a interação entre agentes do sistema seja melhorada, nomeadamente a «uniformização de conceitos técnicos e da sua aplicação prática entre as múltiplas entidades que intervêm no teatro de operações», uma vez que a elevada diversidade de agentes envolvidos não facilita este processo, pelo que tal deverá ser tido em conta em futuras reestruturações do sistema de combate a incêndios.
Este debate quinzenal, que será aberto com uma intervenção de António Costa, vai ocorrer já no período oficial de campanha para as eleições europeias do próximo dia 26.
Fonte: Lusa