Fonte: news.un.org
Nações Unidas alertam para um aumento significativo no número de pessoas afetadas pela escassez de alimentos; centenas de eventos globais destacam sistemas agroalimentares sob o lema “Água é vida, água é alimento. Não deixe ninguém para trás”.
Neste Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, as Nações Unidas destacam que a meta global de erradicar a fome ainda é alcançável. Atualmente, a ONU estima que cerca de 780 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo.
O secretário-geral faz um apelo aos governos, ao setor privado, à sociedade civil e ao mundo acadêmico para que atuem em conjunto priorizando a alimentação dos que mais sofrem com a falta de comida.
Investimentos em soluções
Em mensagem sobre a data, António Guterres faz um apelo para que a superação da crise alimentar seja prioridade máxima na agenda global.
Ele também pede investimentos em soluções de longo prazo para garantir que todos tenham acesso à alimentação. Com a falta de recursos, cerca de 50 milhões de crianças correm o risco de morrer devido ao nanismo grave.
De acordo com o líder das Nações Unidas, um dos maiores desafios que o mundo enfrenta para abordar a situação atual é a falta de financiamento para o apelo humanitário global deste ano, que, atualmente, conta apenas com 32% dos recursos necessários.
Programas de ajuda essenciais
Para o secretário-geral, “é escandaloso que num mundo de abundância, uma pessoa morra de fome a cada poucos segundos” e o Programa Mundial de Alimentos tenha sido forçado a cortar seus programas de ajuda essencial.
A mensagem destaca a preocupação de que, oito anos após a adoção da agenda global em 2015, o número de pessoas que continuam a sofrer de fome tenha aumentado consideravelmente, apesar dos avanços realizados nos anos anteriores.
Em 2023, o lema do Dia Mundial da Alimentação é “Água é vida, água é alimento. Não deixe ninguém para trás”. Um dos objetivos é mobilizar a ação global pela transformação dos sistemas agroalimentares.
Para celebrar a data, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, junta líderes mundiais, especialistas, instituições financeiras internacionais, figuras públicas, setor privado, jovens e ativistas indígenas.
Em destaque está a situação de 2,4 bilhões de pessoas em países com escassez de água. Mais de 600 milhões dependem de sistemas alimentares aquáticos enfrentando poluição, degradação dos ecossistemas e impactos das alterações do clima.
Aumento da consciência
Os eventos programados para mais de 150 países enfatizam o combate coletivo à fome e o aumento da consciência sobre o impacto da gestão responsável da água nos sistemas agroalimentares.
Mais de 500 atividades estão agendadas para 150 países, incluindo exibições, shows de drones e iluminação de locais icónicos.