Eucalipto ganha terreno ao pinheiro-bravo e ao sobreiro

Confagri 28 Jun 2019

A espécie continua a ganhar terreno face ao sobreiro e ao pinheiro-bravo, segundos dados do Inventário Florestal Nacional. O último já perdeu pelo menos 10,5 por cento da área numa década.

Há uma década que o eucalipto é a espécie na floresta portuguesa e continua a ganhar terreno ao sobreiro e ao pinheiro-bravo, escreve o Público. A sua posição está cada vez mais consolidada, ocupando um quarto da floresta nacional, enquanto o pinheiro-bravo já perdeu pelo menos 10,5 por cento da sua área em dez anos. Os dados são do Inventário Florestal Nacional (INF).

Em 2005, o eucalipto já ocupava 786 mil hectares do território português, 24 por cento da área florestal total. Em 2015, o número aumentou para 844 mil hectares. «Os dados recolhidos revelam um incremento sistemático da área ocupada ao longo dos últimos 50 anos», escreve o Ministério da Agricultura sobre o novo relatório INF.

Enquanto a área do eucalipto cresce, a zona do pinheiro-bravo passou de 798 mil hectares para 714 mil, o que representa uma diminuição de 10,5 por cento entre 2005 e 2015. Já no sobreiro, a redução foi mais ligeira: passou de 731 mil hectares para 720 mil, um decréscimo de menos de 1,5 por cento. Estas duas espécies ocupam dois terços da floresta nacional.

Para o professor da Universidade de Trás-os-Montes e especialista em fogos florestais, Paulo Fernandes, este aumento do eucalipto «não é nada surpreendente». Na verdade, «abrandou» e já «não cresce como nos anos 1990».

O decréscimo do pinheiro-bravo também é explicado pela espécie ter sido vítima de grandes fogos e «o risco percecionado em relação ao investimento é muito grande», informa João Soares, que já esteve à frente da Secretaria de Estado das Florestas Portuguesas e da Portucel, a atual Navigator Company.

Houve também aumentos de outras espécies no período referido: o carvalho passou de 66 mil hectares para 82 mil (mais 24%). Já o pinheiro-manso, que ocupava 173 mil hectares em 2005, passou para 193 mil. As alfarrobeiras também cresceram para 16 mil hectares (mais 33%). O aumento é explicado por serem «espécies que, em termos de rendimento por hectare, valem mais», explica Fernandes. Já o carvalho tem territórios em que a «dinâmica natural favorece o carvalho».

O Ministério da Agricultura alerta ainda para a presença de espécies invasoras, apesar de as situações de presença maciça serem raras. «As acácias e háqueas, canas e chorão-das-praias são as espécies mais detetadas».

O INF, que é realizado de um a cada cinco anos, mostra que o país tem tido um aumento tímido da floresta, mas está cada vez mais urbano e menos agrícola. O território ocupado por construções humanas, como prédios, armazéns e estradas, entre outras, passou de 399 mil hectares para 442 mil em dez anos, ou seja, mais 10 por cento.

Fonte: sabado.pt

Balcão Verde

Balcão de Atendimento aos Agricultores.
Com o RURALSIMPLEX é possível junto das estruturas locais - Cooperativas Agrícolas, Caixas de Crédito Agrícola, Associações de Agricultores e outras entidades com o protocolo específico agrupadas na CONFAGRI - atender Agricultores e prestar-lhes serviços de qualidade.

Aceder ao Balcão Verde Acesso reservado
Newsletter

Subscreva a newsletter do Portal da CONFAGRI

Email Marketing by E-goi