O ministro do Ambiente apresenta esta sexta-feira, em Montalegre, os projetos de restauro e de prevenção contra incêndios das áreas protegidas do Douro Internacional, Montesinho, Tejo Internacional e Serra da Malcata, num investimento global de quatro milhões de euros.
Na sessão, presidida por João Matos Fernandes, será feito um balanço do plano-piloto criado para o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) e apresentados os novos projetos de prevenção e restauro nos Parques Naturais do Douro Internacional, de Montesinho, do Tejo Internacional, do Monumento Natural das Portas de Ródão e da Reserva Natural da Serra da Malcata.
Após os incêndios que assolaram o Gerês em 2016, foi criado um plano piloto que vai ser, agora, replicado, com as devidas adaptações em duas áreas protegidas atingidas por fogos em 2017, o Parque Natural do Douro Internacional e o Monumento Natural das Portas de Ródão.
O Governo decidiu ainda levar a efeito uma intervenção de caráter preventivo em três outras áreas que incluem os Parques Naturais do Tejo Internacional e de Montesinho e a Reserva Natural da Serra da Malcata.
Com a aprovação destes projetos, pretende-se promover a prevenção estrutural contra incêndios e restaurar áreas florestais relevantes para a conservação da natureza que foram percorridas por incêndios em 2017 e mobilizar equipamentos e meios para a execução das ações no domínio da prevenção, da vigilância e da recuperação de habitats.
Segundo a resolução do conselho de ministros nº 167/2017, publicada a 02 de novembro no Diário da República, a estimativa orçamental para a concretização destes projetos é de quatro milhões de euros, a aplicar até 2020.
Para o Parque Natural do Tejo Internacional, que inclui o Monumento Natural das Portas de Rodão, estão destinados cerca de 1,4 milhões de euros. Em 2017, foi registada nesta área uma ignição que afetou 690 hectares, o equivalente a 70 por cento da área do monumento natural.
O Montesinho usufruirá de 1,3 milhões de euros, o Douro Internacional 900 mil euros e a Reserva da Serra da Malcata 417 mil euros.
Entre as medidas comuns a todas estas áreas protegidas estão a aposta na prevenção e vigilância, campanhas de sensibilização para boas práticas silvopastoris, campos de alimentação para aves necrófagas e contratação de equipas de sapadores florestais.
No Tejo Internacional vão ser reconvertidas áreas de eucaliptais abandonados e aumentadas as áreas de azinhais e zimbrais e, no Montesinho, vão ser valorizados 200 hectares de habitat do lobo ibérico.
No ano passado, foram registadas mais de 20 ignições no Douro Internacional que afetaram uma área de 7100 hectares. No Montesinho, foram contabilizadas 15 ignições que queimaram 400 hectares. Já na Serra da Malcata, não há registo de ocorrências de incêndio.
Em novembro, o ministro do Ambiente fez um balanço positivo da implementação do plano-piloto da Peneda Gerês que reforçou as comunicações móveis, o número de vigilantes e a prevenção nesta área, onde se registou, em 2017, menos área ardida.
Fonte: Lusa