O território continental está desde as 20H00 de sexta-feira e até às 23H59 de 30 de maio, próxima quinta-feira, em Situação de Alerta, devido às previsões meteorológicas que «apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio florestal».
O Governo assinou na sexta-feira passada, dia 24 de maio, um despacho que determina a declaração de Situação de Alerta no período compreendido entre as 20H00 de sexta-feira, dia 24 de maio, e as 23H59 do dia 30 de maio, próxima quinta-feira, para o território continental.
Segundo um comunicado conjunto enviado pelos gabinetes do Ministro da Administração Interna e do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, a declaração de situação de alerta deveu-se «às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio florestal no território do Continente», mas também às informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e ao índice meteorológico de risco de incêndio florestal calculado e disponibilizado pelo IPMA, e que é elevado para os próximos seis dias.
O Governo justifica também a decisão devido aos «comunicados técnico‐operacionais emitidos pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) que determinam a passagem ao Estado de Alerta Especial Amarelo do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais nos distritos de Beja, Castelo Branco, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal e, por fim, à necessidade de adotar medidas preventivas e especiais de reação face ao risco de incêndio».
A declaração da Situação de Alerta, prevista na Lei de Bases de Proteção Civil, vai obrigar à adoção de medidas «de carácter excecional», como a «elevação do grau de prontidão e resposta operacional por parte da GNR e da PSP, com reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos e de apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas», a proibição da realização de queimadas e de queimas de sobrantes de exploração, a dispensa dos trabalhadores dos sectores público e privado que desempenhem cumulativamente as funções de bombeiro voluntário ou a emissão um aviso à população sobre o perigo de incêndio rural.
As medidas de carácter excecional passarão também pela solicitação à Força Aérea da disponibilização de meios aéreos para, se necessário, estarem operacionais nos Centros de Meios Aéreos a determinar pela ANEPC e pelo «imediato acionamento das estruturas de coordenação institucional territorialmente competentes».
Tal como noticiou o Público, os meses de Verão ficarão marcados por ondas de calor prolongadas, com os termómetros a chegarem aos 43 graus Celsius durante vários dias. A par do calor e do tempo seco, sobe também o risco de incêndio, principalmente no Norte de Portugal, com implicações ao nível da qualidade do ar, de acordo com o Accuweather.
Por outro lado, segundo explicou Alfredo Rocha, professor de meteorologia e clima da Universidade de Aveiro, não é possível tirar conclusões concretas «sobre o que vai acontecer» numa determinada semana ou dia dos próximos meses de Verão sendo que, de acordo com o professor, falta uma base científica às previsões avançadas pelo Accuweather.
Fonte: Público